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sábado, 17 de dezembro de 2011

O medo da separação



Quando nos apaixonamos, algo muito diferente acontece em nossas vidas:
sentimo-nos alegres, dispostos e otimistas.
A pessoa amada nos é tão importante e próxima que nos faz sentir como
unidade, a exemplo do dito popular: “Encontrei minha cara metade ou minha
alma gêmea.” Este sentimento tão maravilhoso entre duas pessoas é vivido ou
percebido como algo fechado e absoluto a ponto de não se sentir aversão ou
nojo com a proximidade dos corpos e das secreções.
Nos primeiros anos de vida, não sabemos bem o que somos apenas
percebemos pessoas maravilhosas que nos amam e nos protegem, a exemplo
dos nossos pais e irmãos.
Por volta dos 4 anos, algo de muito importante nos ocorre: a definição da nossa
identidade sexual.
Sendo esta identificação sexual, por exemplo, feminina, a garotinha começa a
vestir-se e comportar-se como tal. Porém, terá de sepultar tudo que tinha
percebido como masculino naquilo que chamamos de: inconsciente.
Na realidade, possuíamos características bissexuais e no momento em que
nos identificamos como masculino ou feminino a outra parte vai para o arquivo
inconsciente já mencionado.
O filósofo grego Platão dizia: “O homem era um andrógeno divino, os deuses
se enfureceram e o dividiram em: homem e mulher.” Originando uma eterna
busca para voltar à origem da androgenia.
Quando nos apaixonamos, é como se, inconscientemente, aquele lado que
enterramos no passado, ressuscitasse. Não percebemos, mas estamos felizes
porque novamente vivencia-se, através do outro, a alegria da unidade e do
sentimento de estar completo. Apaixonamo-nos por nós mesmos através da
presença do ser amado que serve como referência da nossa bissexualidade.
Portanto, como o casamento nem sempre é eterno e hollywoodiano, muitas
pessoas sabem desta realidade, mas algo as impede de tomar a decisão e
separar-se. Pois, a separação teria como pano de fundo o medo de não mais
experimentar sua bissexualidade e ter de voltar a procurar uma nova cara
metade gerando angústia e insegurança. Daí o ditado: “Antes de mal
acompanhado do que só.”
Outros fatores podem influenciar na decisão de não se separar, exemplo: o
medo que o outro encontre primeiro a alma gêmea e o pior, quando uma das
pessoas funciona como pai ou mãe, caracterizando uma relação parental. Ou
seja, alguém era a criança num corpo de adulto que teme a solidão e o
desamparo.
pesquei na net

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