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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

3-Por que bebês não falam como adultos?

Os neurocientistas Jesse Snedeker, Joy Geren e Clarissa L. Shafto estudaram o desenvolvimento da linguagem de 27 crianças chinesas, com idade entre 1 e 5 anos, recebidas por famílias americanas. Obviamente, as crianças começaram a aprender inglês mais tarde do que uma criança americana nativa e, logo, tinham cérebro mais maduro para realizar a tarefa. Mesmo assim, como os nascidos nos Estados Unidos, as primeiras frases em inglês dos pequenos voluntários consistiam em palavras únicas com ampla privação de palavras de função, sufixos e verbos. Curiosamente, elas passaram pelos mesmos estágios delinguagem que as crianças americanas nativas, embora de forma mais rápida. Adotados e nativos começaram a combinar palavras em sentenças quando seus vocabulários atingiram o mesmo tamanho, sugerindo que não importa a idade ou a maturidade do cérebro – mas sim o número de palavras que conhecemos.

A descoberta de que ter um cérebro mais maduro não ajudou os adotados a evitar o estágio inicial de aquisição da linguagem sugere que a fala de crianças pequenas não se instala porque elas têm um “cérebro de bebê”, mas apenas porque elas acabaram de começar o aprendizado e precisam de tempo para adquirir vocabulário suficiente para conseguir expandir suas conversações. Muito antes, o estágio da “palavra única” cria os meios para a fase de dois vocábulos. Aprender a dialogar como um adulto, portanto, é um processo gradual – não há como saltar etapas

revista Mente e cérebro

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