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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Anoxia



Anoxia é a ausência do oxigênio no cérebro e acontece principalmente na hora do parto. São segundos durante o parto que podem gerar diversos problemas de aprendizagem. (Hipóxia é a diminuição de oxigenação). A causa da anoxia deve-se aos partos complicados, demorados, quando ocorre a interrupção do fluxo sanguíneo ou obstrução das vias aéreas do recém-nascido e quando ocorre a apnéia.

Geralmente o bebê passa pelo "índice de APGAR", que mede a saúde do recém-nascido e vê a necessidade de acompanhamento médico. É feito duas vezes, a primeira quando o recém-nascido tem um minuto de vida e depois com cinco minutos.
Nesse índice é avaliado a frequência cardíaca (batimentos por minuto), a respiração, tônus muscular (contração do músculo em repouso), reflexos e a cor da pele. Cada item citado recebe uma nota de 0 a 2, as quais são somadas para obter o resultado.

Quando somados os itens o ideal é o total de 10 pontos, porém a nota 8 e 9 também são boas e indicam que a criança está em um ótimo estado. Somados de 5 a 7, consideram o estado como regular, talvez a criança precisará de ajuda de aparelhos para respirar. As notas somadas menos de 5 indicam que a criança talvez necessite de acompanhamento médico.

É indicado que "talvez" ou "provavelmente" precisarão de acompanhamentos, pois há exemplos de crianças que a soma do índice era 9 ou 10 e tiveram paralisia cerebral e nem todas que a soma foi de 5 a 6 e apresentaram problemas graves.

O ideal, dependendo do resultado, é sempre fazer acompanhamento com o pediatra. Caso a criança apresente futuramente sequelas, procurar os especialistas para realizarem o diagnóstico e as intervenções necessárias.




Referências Bibliográficas
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%B3xia

Legastenia


Segundo a fonoaudióloga Evelise Pataro, em seu artigo publicado em "Viver Mente Cérebro", aponta a legastenia como a inabilidade do controle dos movimentos oculares e como consequência, dificulta nas tarefas de leitura e escrita e é muitas vezes considerado como sinônimo da dislexia.
Para facilitar o entendimento, quando alguém lê ou presta atenção em alguma coisa, os olhos fazem movimentos sacádicos que são movimentos oculares rápidos e pequenos, ou seja, estão sempre em movimento. No caso de o olho "estar parado" ou quando não para de se mexer, de forma anormal claro, é preciso saber o que ocorre e qual é o motivo dessa alteração.
Agora para diferenciar Dislexia de Legastenia, segue a explicação abaixo, extraída do http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=14411:

Dislexia ('dis-': separação +'lexia': de palavra): dificuldade em ligar os símbolos escritos com os respectivos fonemas.

No Dicionário Médico (Climepsi Editores, Lisboa) é «(fr. "dysleléxie"; ing. "dyslexia") Perturbação da capacidade de leitura, que se traduz por erros, omissões, inversão de letras, de sílabas ou de números, observada nas crianças em idade de aprender a ler, que, de resto, não apresentam qualquer perturbação susceptível de explicar este estado (visão, audição, capacidades intelectuais normais).»

Legastenia – (`leg-´: leitura + `astenia´: diminuição de força): dificuldade em dizer ou em escrever as palavras.

No Moderno Dicionário Michaellis da Língua Portuguesa (ed. Melhoramentos, São Paulo): «(do grego 'legasthenía') Fraqueza congênita da faculdade de ler e escrever, com aptidões restantes normais.»
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Síndrome de Landau-Kleffner


Conhecida como SLK, a Síndrome de Landau-Kleffner é uma forma de epilepsia infantil que gera transtornos de linguagem. Afeta crianças, mais frequente entre 3 a 7 anos, e sua característica principal é a diminuição da habilidade de usar ou entender a linguagem falada.


O que ocorre nessa síndrome é a alteração de comportamento que se confudem com o autismo, pois pode acontecer de uma criança evitar o contato com seus familiares ou amigos, bater com os talheres na comida por diversas vezes, acontece ataques de raiva e agressão, não sente dor, tem muito sono e pode fazer brincadeiras inadequadas à sua idade. Como afeta a linguagem, pode acontecer de a criança nem entender o seu próprio nome , reconhecer sons ou o que é dito a ela e assim acaba se comportando como se fosse uma criança surda ou que esteja perdendo a audição repentinamente.

A SLK não tem tratamento específico, alguns consideram o uso de corticosteróides como benéfico, mas há uma indicação para tratamento cirúrgico (transecção múltipla subpial).



Referência Bibliográfica

http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Landau-Kleffner

transtornos de esquema corporal e exercícios




Os transtornos de esquema corporal subdividem-se em dois grupos:
1-os transtornos referentes ao conhecimento e representação mental do próprio corpo :
2- os transtornos referentes a utilização do corpo (orientação no próprio corpo e uma inadequada utilização do corpo em relação ao espaço em redor).


É no segundo tipo onde se encontram a maioria dos problemas. isto poderá estar relacionado com as primeiras relações afetivas da criança com seu ambiente.

Dentro deste grupo de transtornos, é possível distinguir:

asomatognosia
: a criança é incapaz de reconhecer e mostrar no seu corpo alguma de suas partes. por exemplo, na agnosia digital a criança não é capaz de reconhecer, mostrar nem mover os dedos de sua própria mão ou de outra pessoa.

transtornos da lateralidade
: estes transtornos são causa de alterações na estruturação espacial e, consequentemente, na leitura/escrita. são exemplo disso a lateralidade contrariada, a lateralidade cruzada e o ambidestrismo.

exercícios: esquema corporal

1. exercício

este exercício de esquema corporal é um exercício de psicomotricidade que pretende trabalhar o reconhecimento das partes essenciais do corpo. diga à criança os seguintes nomes das partes do corpo humano: cabeça, peito, barriga, braços, pernas, pés, explorando uma parte por vez. a criança mostra em si mesma a parte mencionada anteriormente, repetindo corretamente o nome. numa primeira fase o exercício deverá ser realizado de olhos abertos, numa segunda fase de olhos fechados.

2. exercício

neste exercício de esquema corporal a criança deverá reconhecer, em complemento ao exercício 1, as partes do rosto: nariz, olhos, boca, queixo, sobrancelhas e ouvidos. deverá também reconhecer o pulso, o dedo maior e o dedo menor, com os braços apoiados sobre uma mesa. deverá ser ensinado à criança os nomes dos dedos pedindo que ela levante um a um repetindo os respectivos nomes.

3. exercício

este exercício de esquema corporal é para ser realizado com a criança em pé ou sentada (exercício 3) e com a criança deitada (exercício 4). pretende-se trabalhar com os olhos. em pé ou sentado a criança acompanha com os olhos a trajetória de um objeto que se desloca no espaço, mas sem mexer a cabeça.



4. exercício

fazer com que a criança tome consciência da existência dos rins. deitada com as pernas estendidas e as mãos sobre os rins a criança dobra os joelhos e encosta-os no peito. conversar com a criança acerca da parte do corpo que se apoia com força sobre suas mãos – os rins.

5. exercício

este exercício de esquema corporal pretende automatizar a noção de direita e esquerda. numa primeira fase deve ensinar-se à criança, através de exemplificação no seu próprio corpo, qual a sua direita e qual a sua esquerda.


após dominar este conceito realizar este exercício por etapas:


• fechar com força a mão direita;


• fechar com força a mão esquerda;


• levantar o braço direito;


• levantar o braço esquerdo;


• bater o pé esquerdo;


• bater o pé direito;


• mostrar o olho direito;


• mostrar o olho esquerdo;


• mostrar a orelha direita;


• mostrar a orelha esquerda;


• levantar a perna esquerda;


• levantar a perna direita.


inicialmente, deve a criança deve ter os olhos abertos, mas quando já tiver dominado o exercício repetir, mas com os olhos fechados.

6. exercício

este exercício de esquema corporal deverá ser realizado por último, após os exercícios 1, 2,3/4 e 5. pretende-se que a criança localize elementos na sala de aula, na sala de casa, no seu quarto ou até mesmo no exterior. assim, a criança deverá dizer de que lado está a porta, a janela, a mesa da sala de aula, etc em relação a si mesma. é muito importante que durante a realização do exercício, a criança não cruze os braços, porque isso dificulta a sua orientação espacial.


referência bibliográfica:

http://www.espacoaprendizagem.info/transtornos-de-esquema-corporal/

Pesquisa da USP ajuda a caracterizar diferentes tipos de autismo



Objetivo visa contribuir no diagnóstico, ao tentar diferenciar o autismo de alto funcionamento da síndrome de Asperger

Apesar de muito estudados, os transtornos do espectro autista continuam representando um desafio para a ciência, desafio este que é ainda maior para portadores e familiares, obrigados a conviver com preconceito, dificuldade de diagnóstico preciso e, por isso mesmo, falta de tratamento adequado.

No Laboratório de Visão do Instituto de Psicologia (IP) da USP, a pesquisa da psicóloga Elaine Zachi busca contribuir no campo do diagnóstico, ao verificar se é possível diferenciar o autismo de alto funcionamento da síndrome de Asperger. Para isso, é analisado o desempenho dos pacientes em testes neuropsicológicos computadorizados.

Os testes avaliam itens como atenção, memória, raciocínio, planejamento, controle do comportamento e tomada de decisão, e podem ajudar clarear o debate atual entre autores na literatura científica.

Tratamento

A importância da diferenciação dos transtornos é que isto proporcionará mais precisão no encaminhamento dos pacientes, e também melhoria na elaboração de estratégias de tratamento para que eles se desenvolvam nas características em que apresentam dificuldades. " Se colocarmos todos [os pacientes] em um grupo só, podemos deixar de dar uma assistência específica para o que cada um está precisando" , explica a pesquisadora.

Os tratamentos para estes casos incluem, por exemplo, atividades educacionais em grupo, que os ajudam a lidar melhor com interações cotidianas, e terapia com animais, para que os pacientes saibam identificar sentimentos e também expressá-los.

Desde que seus portadores sejam corretamente encaminhados, o autismo de alto funcionamento e o Asperger têm uma boa perspectiva de melhora. " O prognóstico é melhor porque estes pacientes têm uma capacidade intelectual e de comunicação maior do que em outros tipos de autismo" , justifica a psicóloga Elaine Zachi.

Para a pesquisadora, mesmo que a família em geral não receba a notícia de que tem um filho autista de uma maneira muito boa, é importante que ela saiba que os portadores conseguem ter uma vida normal. " Com algumas dificuldades, sim, mas, dependendo do caso, podem ter seu trabalho, casar e serem independentes", completa.

Visão


O Laboratório de Visão, em que Elaine realiza seu pós-doutorado sob supervisão da professora Dora Ventura, é um dos locais que reúne pesquisadores dedicados à neurociência visual e à neuropsicologia no IP. A neuropsicologia é o ramo das neurociências olha para o sistema nervoso do ponto de vista do comportamento.

Nas síndromes analisadas, o estudo da percepção visual é importante, pois é uma das áreas afetadas em seus portadores. As alterações incluem a percepção de detalhes muito acurada, enquanto a de aspectos globais é dificultada - e isto pode justificar os comportamentos deles em outros aspectos. " Se a pessoa tem uma percepção mais voltada para as partes em uma figura, vai ter uma percepção melhor para o detalhe também no seu dia-a-dia. Então vai deixar de ver contextos globais nas interações com as pessoas, ter dificuldades de compreender os discursos e de se expressar" , analisa Elaine.

Em um estudo de outro autor, por exemplo, foi verificado que o portador de Asperger não teve dificuldades no teste de alternação da atenção, enquanto o autismo de alto funcionamento teve. " O que estou fazendo é pegar uma bateria mais completa, com vários testes, de atenção memória e funções executivas, e ver se, baseados nesta gama de testes, podemos traçar um perfil de cada um dos transtornos" , esclarece.


Ainda existem poucos estudos na área. As pesquisas mais numerosas do gênero foram feitas com os portadores dos tipos de autismo mais avançados. Se por um lado, o fato de ter a inteligência normal melhora o prognóstico dos pacientes com Asperger ou autismo de alto funcionamento, por outro, muitas vezes por isso a presença dos transtornos não é detectada, atrasando a inclusão em terapias. " O indivíduo chega à vida adulta sendo visto como uma pessoa estranha por quem está em volta, com uma fala mais prolixa, mais autocentrada, mas ele não tem o diagnóstico" , observa a pesquisadora.

A pesquisadora procura pacientes já diagnosticados com síndrome de Asperger ou autismo de alto funcionamento para participar da pesquisa.


Fonte: Isaúde

Pensamento e Inteligência


Para falar de Deficiência Mental há necessidade de falar um pouco da inteligência. E o que é inteligência? Para a Enciclopédia Britânica, inteligência é a habilidade de se adaptar efetivamente ao ambiente, seja fazendo uma mudança em nós mesmos ou mudando o ambiente. 

Para adaptar-se ao ambiente satisfatoriamente, o indivíduo deve se utilizar da capacidade de integrar várias modalidades sensoriais (os sentidos) de modo a constituir uma noção (consciência?) da situação presente, além disso, deve desenvolver uma capacidade de aprendizagem, finalmente, deve desenvolver uma capacidade de agir objetivamente. Tendo em mente que os animais se adaptam, alguns melhor que o ser humano, e juntando-se com a definição de inteligência da Enciclopédia Britânica, então a inteligência jamais deve ser tida como exclusiva do ser humano.
A inteligência humana, entretanto, engloba conceitos mais complexos que a integração dos sentidos, apreensão da realidade e capacidade de agir, como possivelmente acontece nos animais. A inteligência humana é um atributo mental multifatorial, envolvendo a linguagem, o pensamento, a memória, a consciência. Assim sendo, a inteligência pode ser considerada um atributo mental que combina muitos processos mentais, naturalmente dirigidos à adaptação à realidade.

Sem dúvida nenhuma, a base estrutural da inteligência humano é o Pensamento, mais precisamente, o Pensamento Formal. Trata-se, o pensamento, de uma operação mental que nos permite aproveitar os conhecimentos adquiridos da vida social e cultural, combiná-los logicamente e alcançar uma nova forma de conhecimento.
Todo esse processo começa com a sensação (5 sentidos) e termina com o raciocínio dialético, onde uma idéia se associa a outra e, desta união de idéias nasce uma terceira. Quando percebemos uma rosa branca concebemos, ao mesmo tempo, as noções de rosa e brancura, daí podemos conceber uma terceira idéia que combina as duas primeiras.
O pensamento humano se dá em uma cadeia infinita de representações, conceitos e juízos, sendo a fonte inicial de todo esse processo a experiência sensorial. Para concebermos as duas primeiras idéias do exemplo acima, há necessidade de experimentarmos antes a rosa e também o branco para, então, numa próxima operação, concebermos a rosa branca. Não há, desta forma, necessidade de experimentarmos uma rosa já branca, por isso, por exemplo, somos capazes de conceber uma rosa completamente verde, xadrez ou listrada, sem nunca a termos visto.

Conceitos, Juízos e Lógica

Como vimos, o conhecimento se inicia nas representações sensoperceptivas do mundo e, a partir delas, continua com a elaboração dos conceitos. Importantíssimo sabermos sobre os conceitos, dos quais nos utilizaremos para explicar a sub-inteligência dos deficientes mais abaixo. Os conceitos surgem na consciência humana a partir da capacidade de selecionar e generalizar; atitudes que o ser humano adquire com o desenvolvimento.
E o que o ser humano faz com seus conceitos? Através dos conceitos o ser humano é capaz de elaborar juízos. Chama-se juízo, o processo que conduz ao estabelecimento das relações significativas entre conceitos, portanto, exercer o juízo ou julgar, é estabelecer uma relação entre conceitos, ora comparando, agrupando, ora generalizando. Uma vez construídos os juízos (que é um conjunto dinâmico de conceitos) será possível o raciocínio, que é a atitude de relacionar os juízos, uns com os outros.
A partir do desenvolvimento do juízo nasce, simultaneamente, o pensamento lógico. O pensamento lógico consiste em selecionar, integrar e orientar esses juízos mentalmente, com objetivo de alcançar uma conclusão ou uma solução, enfim, para possibilitar uma atitude racional ante as necessidades do momento.
Portanto, em seu sentido lógico o raciocínio não é nem verdadeiro nem falso, mas será sim, logicamente correto ou logicamente incorreto. Para nossas finalidades didáticas, o termo pensamento deve englobar aqui o conceito de raciocínio e, para a psicopatologia, para ser sadio o pensamento deve ser lógico.
Assim sendo, devemos completar a idéia de que o pensamento não se resume em associações esparsas e aleatórias de conceitos e juízos, como se combinássemos peças para formação de um mosaico. Além da característica associativa do pensamento, devemos acoplar um algo mais que lhe dá uma característica formal, ou seja, uma capacidade de dar FORMA às idéias.
Adquirindo forma o pensamento passa a se chamar Pensamento Formal, onde as idéias não são apenas a soma de suas partes, mas sim, uma configuração com forma própria. Isso pode ser exemplificado pela observação de uma melodia, que não se constitui apenas na somatória de suas notas, mas de uma coisa nova, com uma forma independente e original.
O conceito de inteligência visto acima, que integra os estímulos sensoperceptivos de forma a construir uma noção da realidade e à ela se adaptar, não parece ser monopólio dos seres humanos, já que os animais percebem os estímulos do mundo (mais até que seres humanos), integram esses estímulos e se adaptam à realidade, também como comentamos acima. O que, certamente, parece faltar aos animais é a inteligência decorrente do Pensamento Formal.
Assim sendo, muitas habilidades inteligentes estão presentes no reino animal, e com maior presença entre os primatas e golfinhos, capazes que são de identificação de cores, reconhecimento e uso de símbolos complexos, memória, etc. Portanto, a idéia que se tem hoje é que existem graus variados de inteligência presentes em outros animais e, por estas e outras razões, atualmente a inteligência tem sido estudada no plural -inteligências; inteligência social, aritmética, musical, emocional...etc. E mais curioso ainda é o fato de, aparentemente, um tipo de inteligência não depender do outro.
Ao estudarmos a Deficiência Mental interessa, sobretudo, o conceito de Inteligência Social e Inteligência Pragmática, que são, respectivamente, a habilidade para compreender e interagir com as demais pessoas e com as coisas, ou seja, atuar adequadamente nas relações humanas e na vida prática. Segundo os atuais critérios de definição da Deficiência Mental, esta seria predominantemente a incapacidade de adaptação satisfatória ao ambiente social, portanto, predominantemente relacionada às inteligências Social e Pragmática.
Mas, na vida em sociedade, não são apenas as inteligências Social e Pragmática as únicas responsáveis pelo sucesso. Por isso dissemos "predominantemente", no parágrafo acima. As inteligências Social e Pragmática seriam responsáveis, por assim dizer, pelo bom trânsito das pessoas em meio aos seus pares e para lidar com as coisas, mas, para aprimorar o relacionamento com os outros e consigo própria, a pessoa deve dispor também de uma outra inteligência; a Inteligência Emocional.

Inteligência Emocional

Os recentes estudos sobre a Inteligência Emocional procuram explicar porque certas pessoas com um QI elevado freqüentemente falham na vida social, enquanto outras, com um QI mais modesto se destacam surpreendentemente. A Inteligência Emocional, seria então a habilidade de auto-controle, de cuidados sociais e pessoais, a determinação e a capacidade de motivação.

Segundo pesquisa de Maria Teresa

Eglér Mantoan , as pessoas com Deficiência Mental demonstram muito pouca habilidade para a generalização das aprendizagens, portanto, como vimos acima, sofrem severo prejuízo na elaboração de conceitos. Elas apresentam ainda um sub-funcionamento da memória. Embora os deficientes possuam assimilação equivalente às pessoas normais mais jovens, na questão da resolução de situações e problemas, ou seja, na colocação em prática de seus conhecimentos eles se mostram inferiores às pessoas normais. Fazendo uma analogia com a informática, poderíamos considerar que os deficientes têm um input normal e um processamento deficiente, logo, um output também inadequado.
O trabalho de Maria Tereza traz um otimismo em relação às possibilidades de desenvolvimento das estruturas do raciocínio lógico em deficientes mentais, através de uma técnica de Construtivismo Epstemológico. Também em relação à memória, igualmente prejudicada na Deficiência Mental, considera ser uma habilidade intelectual que pode ser melhorada nos deficientes, através de intervenções que fazem uso de estratégias de retenção e de outras capacidades necessárias para a lembrança e reconstituição de fatos.
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Estudo compara cérebro de crianças, psicopatas e bandidos


Publicado em 10 de março de 2011 por ineditacursos 



Fulaninho de tal, 3 anos, alta periculosidade. A ideia de reconhecer futuros criminosos em crianças que mal sabem falar foi a grande sensação do maior encontro científico americano, a AAAS, em Washington, no fim do mês passado.


Biologia contribui para formar o criminoso, mas não é determinante


Agressividade é natural aos meninos e pode surgir nas meninas


A “boa notícia” trazida pelos pesquisadores é que seu filho, se tiver um cérebro “malvado”, pode não se tornar um bandido, mas um político corrupto. Criminosos armados e de colarinho branco têm cérebros parecidos.

Os responsáveis pelos estudos que vinculam violência com áreas cerebrais relacionadas ao julgamento moral e ao medo de punição são Adrian Raine, da Universidade da Pensilvânia, e Nathalie Fontaine, da Universidade de Indiana (EUA).

Os dois estão acostumados a desagradar quem os considera deterministas. Sua superlotada apresentação em Washington tinha muita gente com cara feia.


Raine mostrou um trabalho em que escaneou o cérebro de 27 psicopatas para saber como eram as suas regiões ligadas a emoções como a culpa, remorso e medo, principalmente a amígdala e o córtex pré-frontal.

Os psicopatas tinham amígdalas 20% menores do que o normal. Parece pouco, mas não se sabe bem que efeitos comportamentais isso causa, e é notório que a amígdala menor fosse generalizada entre os criminosos.

Resultados semelhantes foram encontrados nos cérebros de crianças consideradas problemáticas por pais e professores, algumas com apenas três anos, e em bandidos sem psicopatia.


Mais: Raine descobriu um cérebro similar em 21 condenados por fraudes financeiras (como golpes contra empresas de cartão de crédito). “Cérebro ruim, comportamento ruim”, resumiu, tornando as caras mais feias.


A pesquisadora chega ao ponto de questionar se essas pessoas realmente têm culpa pelos seus atos. “Ninguém pediu para nascer com uma amígdala menor”, diz.


A ideia de escanear o cérebro de crianças horrorizou os pesquisadores na plateia. Vários pediram o microfone para lembrar do risco de estigmatizar os meninos que estariam fadados ao mal.


Fontaine diz que quanto antes crianças potencialmente perigosas forem identificadas, melhor. “Assim podemos ajudar tanto elas quanto as suas famílias”, diz.


Uma ideia seria avaliar se essas crianças não estão em situações que facilitariam o desenvolvimento do seu potencial criminoso, como viver em áreas de pobreza.

Se estiverem, é preciso tirá-las dali. Cérebro “ruim” em um ambiente pior pode ser a receita da tragédia.



Artigo de: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/885673-estudo-compara-cerebro-de-criancas-psicopatas-e-bandidos.shtml

Descoberto "gene da felicidade"



Pessoas com variantes longas do 5-HTT tendem a ser mais felizes
Jan-Emmanuel De NeveParte da felicidade dos humanos pode dever-se à genética, sugere um estudo publicado no “Journal of Human Genetics”, segundo o qual as pessoas com duas variantes longas de um gene chamado 5-HTT podem ver mais facilmente o lado bom das coisas, pelo que conseguem ser mais felizes.

Nesta investigação, Jan-Emmanuel De Neve, investigador da Escola de Londres de Economia e Ciência Política, recorreu a dados de um estudo americano que analisou 2574 adolescentes ao longo de 13 anos, entre 1995 e 2008. O objectivo do cientista era perceber por que motivo algumas pessoas parecem naturalmente mais felizes do que outras. Concluiu então que quem nasce com as duas versões maiores do 5-HTT tem mais probabilidades de se sentir satisfeito com a vida, do que os que nascem com uma versão mais curta.

Cada pessoa apresenta duas variantes do gene, uma derivada do cromossoma do pai e outra do da mãe, sendo que as variantes mais longas possibilitam uma melhor libertação e reciclagem da serotonina do que a variante mais pequena. O 5-HTT está envolvido no transporte desta molécula neurotransmissora que, entre outros aspectos, está associada ao sentimento de bem-estar.
Os participantes do estudo responderam a um questionário sobre o quão satisfeitos estavam com a sua vida. As respostas variavam entre “muito satisfeito”, “satisfeito”, “nem satisfeito, nem insatisfeito”, “insatisfeito” e “muito insatisfeito”.

Depois de cruzarem a informação genética destes adolescentes, nomeadamente as variantes que cada um tinha para o gene 5-HTT, com os resultados dos inquéritos, a equipa de De Neve verificou que 69 por cento dos que tinham duas cópias grandes do gene diziam que estavam satisfeitos (34 por cento) ou muito satisfeitos (35 por cento).

Já dos que tinham duas cópias curtas, apenas 38 por cento diziam que estavam satisfeitos (19 por cento) ou muito satisfeitos (19 por cento). No total, 40 por cento dos adolescentes disseram que estavam "muito satisfeitos" com a vida.
Jan-Emmanuel De Neve considera que “os resultados sugerem uma ligação forte entre a felicidade e a variação funcional deste gene”. Contudo esclareceu que “o bem-estar não é determinado por apenas um gene – outros genes e especialmente a experiência que vamos tendo ao longo da vida continuam a explicar a maioria da variação entre a felicidade de cada um.


fonte Ciencia honje

90 anos de idade



Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.

"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."

Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa - morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo do que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.”

Síndrome de Borderline


Síndrome de Borderline, ou Transtorno de Personalidade Limítrofe é uma expressão utilizada há mais de um século pelos pesquisadores do campo mental, que dela se valem para apontar uma modificação no limite entre a neurose e a psicose ou, como diriam alguns, na linha de demarcação entre a razão e a loucura. A pessoa atingida por esta síndrome apresenta um sério distúrbio psíquico, principalmente na esfera afetiva, no domínio dos impulsos, nas interações com o outro, na sua auto-imagem.

O diagnóstico desta perturbação mental é facilitado pelo próprio transtorno causado pelos sintomas no entorno do paciente, principalmente por atingir os familiares. Normalmente o indivíduo não ultrapassa os limites da normalidade, portanto é raro que ele seja enquadrado em um dos estados emocionais próximos do borderline, tais como a esquizofrenia, a depressão ou o transtorno bipolar.
Esta enfermidade psíquica não é ainda muito conhecida, embora afete indiscriminadamente integrantes das mais diversas classes sociais, pessoas célebres ou anônimas, particularmente as mulheres. Atualmente, o exemplo mais famoso de personalidade borderline é o da cantora Amy Winehouse, que revela em seu quadro dimensões radicais desta Síndrome, especialmente traços de autodestruição – os quais englobam a automutilação, com cortes perpetrados em várias partes do corpo, com a intenção de amenizar as dores emocionais, ameaças e até tentativas de suicídio -, consumo de drogas, intensos arrebatamentos verbais, ataques de agressividade, ilusões e alucinações passageiras, impulsividade desenfreada, sem falar nas constantes alterações de humor, apresentando-se a artista às vezes agitada, em outros momentos totalmente passiva.
Outras emoções despertadas pelo estado borderline incluem tristeza, raiva, vergonha, sentimento de pânico, horror, sensação de vazio e de extrema solidão. A capacidade de obter conhecimento também se encontra comprometida, levando o indivíduo a interpretações diversas sobre o outro, em um instante avaliando-o como um ser bom, logo depois o julgando como uma má pessoa. Além disso, há casos de perda da personalidade e do contato com a realidade. Entre tantos sintomas diversos, o DSMV fixou nove pontos essenciais para que se avalie o distúrbio como Síndrome de Borderline.
A expressão borderline foi utilizada primeiramente em 1884, pelo psiquiatra inglês Hughes, que assim se referia às ocorrências de loucura. Passou-se a usar este termo para diagnosticar sinais muito sérios de neurose. O pesquisador Bleuler julgava os esquizofrênicos como portadores de borderline. Enfim, em 1938, a palavra borderline é oficializada por Stern, que a adota para descrever uma modalidade de ‘hemorragia mental’, a qual ocorre quando se deflagra uma intolerância às frustrações. As pessoas se sentem, então, ressentidas, ultrajadas e emocionalmente atingidas. Grinker, em 1967, realiza pela primeira vez a descrição desta perturbação mental.
Estes pacientes têm intensa dificuldade de se relacionar. Fatores genéticos, abusos sexuais, exposição traumática á violência, são algumas das causas apontadas para a eclosão deste distúrbio, pois provocariam desequilíbrio emocional e comportamentos impulsivos. O reflexo deste problema na vivência social é muito sério, pois há uma grande dificuldade de se relacionar com os portadores desta Síndrome, embora seja necessário amparar e socorrer estas pessoas, principalmente porque o número de suicídios é muito alto, afetando pelo menos 10% dos pacientes.
Tem-se conquistado resultados positivos no tratamento desta perturbação ao se recorrer à psicoterapia, principalmente a cognitiva comportamental. Mas é preciso ser persistente no processo terapêutico, pois esta enfermidade engloba sérios distúrbios de personalidade, os quais deixam o ego vulnerável e passível de diversas quedas, de retorno a um estado de instabilidade.
 
PESQUEI NA NET

Só para relembrar- MOTRICIDADE FINA



MOTRICIDADE FINA: a coordenação visuomanual representa atividade mais freqüente e mais comum no homem, a qual atua para pegar um objeto e lançá- lo, para escrever, desenhar, recortar, pintar, resulta em um conjunto: olho/objeto/mão. A escrita guiada pela visão consiste em uma organização de movimentos coordenados para reproduzir as formas e os modelos; constitui uma praxia motora.

MOTRICIDADE GLOBAL: O movimento motor global é um movimento sinestésico, tátil, labiríntico, visual, espacial, temporal; o que é educativo na atividade motora é o controle de si mesmo, obtido pela qualidade do movimento executado, da precisão e da maestria de sua execução (Rosa Neto, p.17, 2002).

EQUILIBRIO: A postura está estruturada sobre o tônus muscular (músculos esqueléticos sadios, os quais constituem a base da postura, apresentam uma leve contração sustentada). O equilíbrio é o estado de um corpo quando forças distintas que atuam sobre ele se compensam e anulam-se mutuamente.

 IMAGEM - ESQUEMA CORPORAL: conceitos em cima, embaixo, na frente, atrás, esquerdo, direito, alto, baixo, grande, pequeno, maior, menor, postura, equilíbrio, experiências táteis, sensações, permitirão o desenvolvimento do equilíbrio corporal e do freio inibitório, ou seja, capacidade de dominar atos motores de acordo com as delimitações impostas pela folha de papel, ou pelos contornos de um desenho, ou pelo ambiente. A criança que não consegue desenvolver a imagem corporal poderá ter problemas na orientação espacial, temporal, na aquisição de conceitos, equilíbrio e, ainda em escrever obedecendo aos limites de uma folha.

LATERALIDADE: é o uso preferencial de um lado do corpo para a realização das atividades: olho, ouvido mão e pé.

CONHECIMENTO DE DIREITA E ESQUERDA: permite a criança distinguir o lado direito e esquerdo podem implicar em dificuldade em relação à leitura e escrita, já que nossa sociedade a leitura e escrita realizam-se no sentido esquerdo para direita, escrita em espelho, com rotação de letras, palavras ou números, confusões na orientação espacial, na discriminação das letras quanto à posição espacial, trocas de d/ b, p/q.

ORGANIZAÇAO ESPACIAL: perceber as posições que os objetos ocupam ter seu corpo como referencia; as crianças que não tem esses conceitos definidos podem apresentar dificuldades em respeitar a ordem e sucessão das letras nas palavras e das palavras nas frases, incapacidade de locomover os olhos durante a leitura, obedecendo ao sentido direto/esquerdo, e salto de uma ou mais linhas; na escrita não respeitam a direção horizontal do traçado, os limites da folha, dificuldade na organização do material, indecisões quando tem de desviar de um obstáculo.

ORGANIZAÇAO TEMPORAL: engloba conceitos temporais de duração e sucessão de fatos: ontem, hoje, amanha, dias da semana, meses, anos, horas, estações do ano; a ausência deste pré-requisito pode causar dificuldade na pronúncia, na escrita de palavras, trocando a ordem das letras ou invertendo-as, dificuldade na retenção de uma serie de palavras dentro da mesma sentença, de uma série de idéias dentro de uma historia, ma utilização de tempos verbais, problemas de correspondência dos sons com as respectivas letras que os representam, principalmente no ditado.

 RITMO: relaciona-se ao fator de percepção do tempo: com duração e sucessão das musicas e suas pausas; a falta desta habilidade pode ser a causa de uma leitura lenta e silabada, a ma pontuação e entonação durante a leitura de um texto, em relação à escrita, observa-se o não respeito pelos espaços em branco entre as palavras, ocasionando omissões ou adições de silabas e falhas na acentuação.

LINGUAGEM ORAL: envolve a prolação ou pronuncia; vocabulário e sintaxe oral. A linguagem oral é uma etapa anterior a escrita. A criança com dificuldade em pronunciar as palavras poderá encontrar obstáculos no aprendizado da leitura e escrita.

Neurocognitivos e Comportamentais de Crianças e Adolescentes (TNC)


 

A Organização Mundial da Saúde relata que, mundialmente, 20% das crianças sofrem de algum tipo de transtorno mental debilitante. Transportando esses números para a realidade nacional e usando como parâmetros do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2000, pode-se projetar que aproximadamente 11 milhões de crianças e adolescentes brasileiros sofrem desses Transtornos.

Os Transtornos Neurocognitvos e Comportamentais (TNC), decorrem de um mal funcionamento de estruturas cerebrais que modulam funções como atenção, linguagem, memória e emoção. Crianças, que possuem de forma crônica prejuízo nessas habilidades, possuem dificuldades de aprender, comportar-se e de desenvolver um bom relacionamento com a família e a comunidade.

Os Transtornos Disruptivos e os comportamentos relacionados continuam na vida adulta e levam ao uso de drogas, criminalidade, comportamentos anti-sociais e problemas de empregabilidade.

Os objetivos dessa linha de pesquisa são abordar aspectos neuroquímicos, neurobiológicos, psicobiológicos, genéticos e moleculares dos Transtornos Neurocognitivos e Comportamentais mais freqüentes na idade escolar, cujos sintomas são grandes obstáculos para o desenvolvimento pleno da criança ou do adolescente. São exemplos os Transtornos de Aprendizagem Escolar, o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e os Transtornos do Humor.

O “gol 1000” desta linha de pesquisa é desenvolver estratégias para prevenção, tratamento e um diagnóstico laboratorial para complementar o diagnóstico clínico de crianças e adolescente que sofrem desses Transtornos. Consequentemente, dar uma oportunidade para essas crianças ter uma qualidade de vida melhor, e aumentar a capacidade das comunidades de ter mais segurança e ser mais produtiva.

Coordenadora da pesquisa Dra. Mara Cordeiro 
Instituto Pequeno Princípe/Curitiba/Paraná

Áreas de Brodmann para primatas humanos & non-human


 

Áreas 1, 2 & 3 - Cortex preliminar de Somatosensory (consultado freqüentemente como às áreas 3, 1, 2 pela convenção)

Área 4 - Cortex preliminar do motor

Área 5 - Cortex da associação de Somatosensory

Área 6 - Pre-Motor e Cortex suplementar do motor (Cortex secundário do motor)

Área 7 - Cortex da associação de Somatosensory

Área 8 - Inclui Campos frontais do olho

Área 9 - Cortex prefrontal de Dorsolateral

Área 10 - Cortex prefrontal anterior (a maioria de peça rostral dos giros frontais superiores e médios)

Área 11 - Área de Orbitofrontal (giros do orbital e do músculo reto, mais a parte da peça rostral do giro frontal superior)

Área 12 - Área de Orbitofrontal (se usou ser parte de BA11, consulta à área entre o giro frontal superior e o sulcus rostral inferior)

• Área 13 e Área 14* - Cortex Insular

Área 15* - Lóbulo Temporal anterior

Área 17 - Cortex visual preliminar (V1)

Área 18 - Cortex visual secundário (V2)

Área 19 - Cortex visual associativo (V3)

Área 20 - Giro temporal Inferior

Área 21 - Giro temporal médio

Área 22 - Giro temporal superior, de que a parte caudal participa Área de Wernicke

Área 23 - Ventral Cortex Posterior do cingulate

Área 24 - Ventral Cortex anterior do cingulate

Área 25 - Cortex de Subgenual

Área 26 - Área de Ectosplenial

Área 27 - área do piriform


Área 28 - Posterior Cortex de Entorhinal

Área 29 - Cortex cingular de Retrosplenial

Área 30 - Peça do cortex cingular

Área 31 - Dorsal Cortex cingular Posterior

Área 32 - Dorsal cortex anterior do cingulate

Área 33 - Parte de cortex anterior do cingulate

Área 34 - Anterior Cortex de Entorhinal (no Giro de Parahippocampal)

Área 35 - Cortex de Perirhinal (no Giro de Parahippocampal)

Área 36 - Cortex de Parahippocampal (no Giro de Parahippocampal)

Área 37 - Giro Fusiform

Área 38 - Área de Temporopolar (a maioria de peça rostral dos giros temporal superiores e médios)

Área 39 - Giro angular, parte de Área de Wernicke

Área 40 - Peça do giro de Supramarginal de Área de Wernicke

Áreas 41 & 42 - Cortex preliminar e Auditory da associação

Área 43 - Área de Subcentral (entre o insula e o borne/giro precentral)

• Área 44 - pars opercularis, parte de Área de Broca

Área 45 - pars triangularis Área de Broca

Área 46 - Cortex prefrontal de Dorsolateral

Área 47 - Giro prefrontal Inferior

Área 48 - Área de Retrosubicular (uma parte pequena da superfície medial do lóbulo temporal)

Área 52 - Área de Parainsular (na junção do lóbulo temporal e insula) 

As áreas de Brodmann


 




As áreas de Brodmann são clinicamente significativas, mapas citoarquitetônicos do cérebro humano.

Áreas de Brodmann 3,1 e 2: trata-se do córtex somatossensorial primário.

Áreas de Brodmann 41 e 42
: áreas auditivas primárias (giro transverso de Heschl).

Áreas de Brodmann 4: córtex motor primário – “faixa motora” – grande concentração das células piramidais gigantes de Betz.

Área de Brodmann 6: área pré-motora.

Área de Brodmann 44: trata-se a área de Broca no hemisfério dominante.

Área de Brodmann 17: córtex visual primário (lobo occipital).

Área de Brodmann 40 e parte da área 39:
área de Wernicke (hemisfério dominante).

Área de Brodmann 8: área do movimento ocular voluntário na direção oposta. 

A utilidade das medidas de inteligência



São utilizadas a escala de inteligência de adultos (WAIS) e a escala de inteligência de crianças de Weschler (WISC) são os testes mais tradicionais, mais amplamente utilizados em todo o mundo, e também os mais cientificamente comprovados dos testes existentes hoje em dia. amplamente há 50 anos, e as versões utilizadas pela Unidade de Neurologia Clínica são recentes e atualizadas. Nós utilizamos este tipo de testagem desde 1983, a adquirimos grande experiência com os testes e a equipe atual com o Programa de Cirurugia de Epilepsia do Hospital Nossa Senhora das Graças, quando os resultados da fonoaudióloga Rosana Lenzi em mais de 200 pacientes foram checados extensamente por neurologistas, neurocirurgiões, repetidos depois de cirurgias, comparados com EEGs prolongados, ressonâncias, SPECTS, etc.

Diferente de muitos outros grupos, nós utilizamos adaptações diretas do inglês, feitas sob minha supervisão por psicólogas e fonoaudiólogas que trabalham ou trabalharam na UNC. O mais comum no Brasil é que sejam utilizadas adaptações de versões em espanhol de originais americanos com mais de 30 anos. Este fato é relevante, porque uma das principais críticas que se faz a estes testes é que não seriam culturalmente adaptados, fora de uma sociedade ocidental burguesa como a americana branca ou a européia. Este fato poderia ser verdade para os testes da década de 50 ou 60, mas é notório que a sociedade americana atual é até mais multicultural que, por exemplo, a brasileira. As únicas pessoas hoje em dia que estariam fora da amplitude destes testes seriam aqueles sem uma educação escolar ocidental, por exemplo índios amazônicos ou esquimós.
A crítica que se faz a estes testes no sentido de que não incluem a inteligência emocional é verdadeira. Estes testes não se preocupam mesmo com este aspecto. Eles não ajudam a compreender se uma pessoa vai ser segura, insegura, criminosa, um santo, um predador dos negócios.

O que os testes medem é o desempenho, a performance intelectual. Tanto o de crianças quanto o de adultos dividem o intelecto em duas áreas, a verbal e a não verbal. A não verbal também é chamada de executiva, ou ainda de espacial. A capacidade verbal é a utilizada para as habilidades ligadas à linguagem, palavra escrita e falada, matemática, e grande parte do raciocínio lógico, inclusive geométrico. A capacidade não-verbal tem a ver com habilidades espaciais. O QI verbal prevê o desempenho acadêmico. O QI não verbal prevê a habilidade no campo de imagens, desenho principalmente não-geométrico, ritmo musical, dança, e grande parte dos esportes. O QI verbal mede a performance do hemisfério cerebral esquerdo. O não-verbal mede o direito. É claro que para certos tipos de desempenho não basta o intelecto, por exemplo, nos esportes é preciso a estrutura física apropriada, que é uma para hipismo e outra para lançamento de peso!


O normal nos dois testes é 100, e os limites do normal estão entre 90 e 100, ou entre 80 e 120, como queiramos definir. Com menos de 80 é difícil terminar o primeiro grau. Com 90 dá para terminar o segundo grau. Com 100 uma faculdade fácil. Com 110 uma média. Com 120 uma difícil e talvez uma pós-graduação. De 130 para cima a pessoa pode fazer o que quiser na vida, dependendo do intelecto, é claro. Ali pelos 140, 150 começam os gênios. Os 3 ou 4 maiores Qis medidos na UNC, em quase 20 anos, estiveram entre 130 e 150. Um aspecto muito interessante do QI pelos testes de Weschler é a lateralidade. Grande parte dos bons jogadores de futebol, principalmente atacantes, são canhotos. Pode-se prever que terão um QI verbal médio e um não verbal alto. O mesmo deve valer para bailarinos e músicos. O maior gênio da música popular do século XX, Paul Mc Cartney, é canhoto. Já os que vão bem de notas devem ser, em geral, destros.


Quando alguém é bom dos dois lados, como Pelé ou Bill Clinton, vai mais longe ainda. Quando testamos algumas crianças utilizamos ainda um método chamado DAP, de draw a person, no qual a criança desenha uma pessoa, e dependendo dos detalhes, pode-se prever o QI, baseado em escalas muito bem trabalhadas e comprovadas cientificamente pela Psychological Corporation, a ONG americana que controla a distribuição destes testes com mão de ferro. A UNC é credenciada pela Psychological Corporation. O DAP é especialmente útil quando a criança ainda não foi alfabetizada, pois tanto o WISC quanto o WAIS dependem de alfabetização. E assim existem outros testes que permitem uma avaliação intelectual mais grosseira mesmo de crianças pré-escolares, como o WIPSI. O nosso folheto “Projeto Saúde Intelectual” contém outras informações sobre o assunto.



Prof. Dr.Paulo R M de Bittencourt PhD, 
Achei na net...bastante importante 

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA - DISCALCULIA



As dificuldades que os alunos tem em Matemática, algumas de suas causas e caminhos que podem contribuir para que pais, professores e a equipe escolar possam identificar as dificuldades dos alunos e contribuir para seu êxito. A discalculia, suas características e diagnóstico.



AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA



Como uma criança pode ler um parágrafo em voz em voz alta impecavelmente e não recordar seu conteúdo cinco minutos depois? Como um aluno que lê três anos à frente do nível de sua série apresenta um trabalho por escrito completamente incompreensível? Como um adolescente se sai muito bem em geometria e tem um desempenho inferior em álgebra?

O que esses três estudantes têm em comum?

O que as crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de aprendizagem (DA) 1 têm em comum é o baixo desempenho inesperado.

De acordo com o National Joint Committee on Learning Disabilities –NJCLD2 , “Dificuldades de aprendizagem” é um termo genérico que diz respeito a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por problemas significativos na aquisição e uso das capacidades de escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou matemáticas.

As dificuldades de aprendizagem raramente têm uma única causa. Supostamente têm base biológica (Lesão cerebral, alterações no desenvolvimento cerebral, desequilíbrios químicos, hereditariedade). Mas é o ambiente-família, escola, comunidade - que determina a gravidade do impacto da dificuldade.

Vários autores, como Sara Pain, Alicia Fernández, Maria Lucia Weiss, chamam atenção para o fato de que a maior percentual de fracasso na produção escolar, de crianças encaminhadas a consultórios e clínicas, encontram-se no âmbito do problema de aprendizagem reativo, produzido e incrementado pelo próprio ambiente escolar.

Na pessoa com dificuldade, o desempenho não é compatível com a capacidade cognitiva; a dificuldade ultrapassa a enfrentada por seus colegas de turma sendo, geralmente, resistente ao seu esforço pessoal e ao de seus professores em superá-la, gerando uma auto estima negativa podendo também surgir comportamento que causam problemas de aprendizagem, complicando as dificuldades na escola.

Os problemas na aprendizagem de Matemática que são apontados em todos os níveis de ensino não são novos: De geração a geração a Matemática ocupa o posto de disciplina mais difícil e odiada, o que torna difícil sua assimilação pelos estudantes. Por isso, antes de falar em dificuldades de aprendizagem em Matemática é necessário verificar se o problema não está no currículo ou na metodologia utilizada.


Algumas causas das dificuldades de aprendizagem em matemática



1-Ansiedade e medo de fracassar dos estudantes em conseqüência de atitudes transmitidas por pais e professores e da metodologia e dos conteúdos muitas vezes inadequados.

2- A falta de motivação, que pode ter sua origem na relação da própria família com os estudos (falta de importância dada pelos pais ao conhecimento em si; na ligação da escola com castigos ou a algum tipo de pressão; questões emocionais - ansiedade e agitação gerados por acontecimentos novos; ansiedade exagerada causada pelos efeitos de medicamentos que interferem no ânimo ou causam problemas de memória ou concentração; problemas de maturação do Sistema Nervoso Central; Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade – TDAH.

3- Distúrbios de memória auditiva:

a. A criança não consegue ouvir os enunciados que lhes são passados oralmente, sendo assim, não conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria para resolver os problemas matemáticos.

b. Problemas de reorganização auditiva: a criança reconhece o numero quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar-se do número com rapidez.

4- Distúrbios de percepção visual: A criança pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5 por exemplo. Por não conseguirem se lembrar da aparência elas têm dificuldade em realizar cálculos.

5- Distúrbios de escrita: Crianças com disgrafia têm dificuldade de escrever letras e números.

6- Distúrbios de leitura: Os disléxicos3 e outras crianças com distúrbios de leitura apresentam dificuldade em ler o enunciado do problema, mas podem fazer cálculos quando o problema é lido em voz alta. É bom lembrar que os disléxicos podem ser excelentes matemáticos, tendo habilidade de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos, podendo resolver cálculos mentalmente mesmo sem decompor o cálculo. Podem apresentar dificuldade na leitura do problema, mas não na interpretação
.


A DISCALCULIA


Confusões com os sinais matemáticos e dificuldades para fazer simples continhas podem estar ligadas a um distúrbio neurológico.

Semelhante à dislexia - dificuldade com o aprendizado da leitura e da escrita -, a discalculia infantil ocorre em razão de uma falha na formação dos circuitos neuronais, ou seja, na rede por onde passam os impulsos nervosos. Normalmente os neurônios - células do sistema nervoso - transmitem informações quimicamente através de uma rede. A falha de quem sofre de discalculia está na conexão dos neurônios localizados na parte superior do cérebro, área responsável pelo reconhecimento dos símbolos.

Não é uma doença e não é, necessariamente, uma condição crônica. Em geral é encontrada em combinação com o Transtorno da Leitura, Transtorno da Expressão Escrita, do TDHA. Não é relacionada à ausência de habilidades matemáticas básicas, como contagem, mas na forma com que a criança associa essas habilidades com o mundo que a cerca. Estima-se que apenas 1% das crianças em idade escolar tem Transtorno da Matemática isoladamente.



Requisitos necessários para o aprendizado de matemática e as dificuldades causadas pela discalculia:


APTIDÕES ESPERADAS


DIFICULDADES

3 a 6 anos


Ter compreensão dos conceitos de igual e diferente, curto e longo, grande e pequeno, menos que e mais que. Classificar objetos pelo tamanho, cor e forma Reconhecer números de 0 a 9 e contar até 10. Nomear formas. Reproduzir formas e figuras.

Problemas em nomear quantidades matemáticas, números, termos, símbolos

Insucesso ao enumerar, comparar, manipular objetos reais ou em imagens


6 a 12 anos


Agrupar objetos de 10 em 10. Ler e escrever de 0 a 99. Nomear o valor do dinheiro. Dizer a hora. Realizar operações matemáticas como soma e subtração. Começar a usar mapas. Compreender metades, quartas partes e números ordinais.

Leitura e escrita incorreta dos símbolos matemáticos



12 a 16 anos


Capacidade para usar números na vida cotidiana. Uso de calculadoras. Leitura de quadros, gráficos e mapas. Entendimento do conceito de probabilidade. Desenvolvimento de problemas.

Falta de compreensão dos conceitos matemáticos

Dificuldade na execução mental e concreta de cálculos numérico
s

Fonte: http://crescer.globo.com/edic/ed77/rep_discalculia.htm
Maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

Na discalculia, a capacidade matemática para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático, encontra-se substancialmente inferior à média esperada para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.

As dificuldades da capacidade matemática apresentadas pelo indivíduo trazem prejuízos significativos em tarefas da vida diária que exigem tal habilidade. Em caso de presença de algum déficit sensorial, as dificuldades matemáticas excedem aquelas geralmente a este associadas.


Diversas habilidades podem estar prejudicadas na discalculia:

1--Lingüísticas (compreensão e nomeação de termos, operações ou conceitos matemáticos, e transposição de problemas escritos em símbolos matemáticos).

2-Perceptuais (reconhecimento de símbolos numéricos ou aritméticos, ou agrupamento de objetos em conjuntos).

3- De atenção (copiar números ou cifras, observar sinais de operação).

4- Matemáticas (dar seqüência a etapas matemáticas, contar objetos e aprender tabuadas de multiplicação).



• Dificuldade na leitura, escrita e compreensão de números; em realizar operações matemáticas, classificar números e colocá-los em seqüência; na compreensão de conceitos matemáticos; em lidar com dinheiro e em aprender a ver as horas, etc.


O diagnóstico


Na pré-escola, já é possível notar algum sinal do distúrbio, quando a criança apresenta dificuldade em responder às relações matemáticas propostas - como igual e diferente, pequeno e grande. Mas ainda é cedo para um diagnóstico preciso. É só a partir dos 7 ou 8 anos, com a introdução dos símbolos específicos da matemática e das operações básicas, que os sintomas se tornam mais visíveis.

É importante chegar a um diagnóstico o mais rapidamente para iniciar as intervenções adequadas. O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar - Neurologista, Psicopedagogo, Fonoaudiólogo, Psicólogo - para um encaminhamento correto. Não devemos ignorar que a participação da família e da escola é fundamental no reconhecimento dos sinais de dificuldades.

Porém, devemos ter muita cautela quanto ao diagnóstico da discalculia ou qualquer DA. Apesar de o professor dizer que não faz um diagnóstico da criança, ele estabelece que as dificuldades de aprendizagem são possíveis transtornos específicos de aprendizagem, tendo como causas a imaturidade, problemas psicológicos e sociais, justificado assim o por quê da criança não aprender.

Antes de diagnosticar a discalculia, devem ser eliminadas outras causas de dificuldades, como o ensino inadequado ou incorreto; os problemas com visão; audição ou os danos ou doenças neurológicas e doenças psiquiátricas.



Devemos eliminar também a possibilidade de a criança apresentar acalculia ou pseudo discalculia.



A acalculia é a total falta de habilidade para desenvolver qualquer tarefa matemática, que geralmente indica um dano cerebral. O problema aparece quando a criança é incapaz de aprender os princípios básicos de contagem. A falta de habilidade se torna mais evidente quando vai aprender a ordem dos números de 1 -10 ou quando vai resolver uma simples adição de 4 + 2 = 6. O grupo de pessoas com acalculia representa menos de 1% da população.



A pseudo discalculia apresenta características semelhantes às da discalculia, mas é resultado de bloqueios emocionais. O estudante tem habilidade cognitiva para ter êxito em matemática. As meninas são a maioria esmagadora de estudantes com pseudo discalculia. Os comentários negativos dos meninos levam à falta de confiança. Para superar esta dificuldade o caminho são conversas com pais, professores e Orientador(a) Educacional; trabalho psicopedagógico para elevar auto estima da criança e, nos casos mais difíceis, acompanhamento de Psicólogo.


Efeitos

O desconhecimento dos pais, professores e até colegas podem abalar ainda mais a auto-estima do estudante com críticas e punições.

A discalculia pode comprometer o desenvolvimento escolar de maneira mais ampla.

Inseguro devido à sua limitação, o estudante geralmente tem medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem por acreditar que não é capaz de evoluir. Pode também adotar comportamentos inadequados tornando-se agressiva, apática ou desinteressada.


Alguns caminhos

A intervenção psicopedagógica propõe melhorar a imagem que a criança tem de si mesma, valorizando as atividades nas quais ela se sai bem; descobrir como é o seu próprio processo de aprendizagem - às vezes, ela tem um modo de raciocinar que não é o padrão, estabelecendo uma lógica particular que foge ao usual - e a partir daí trabalhar uma série de exercícios neuromotores e gráficos que vão ajudá-la a trabalhar melhor com os símbolos e com os jogos, que irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem.

Quanto à gestão, é necessário que dê aos professores condições para que desenvolvam atividades específicas com este aluno, sem necessidade de isolá-lo do resto da turma nas outras disciplinas. Para isso, é importante disponibilizar:


1-Desenvolvimento profissional para a equipe de professores.

2- Tempo adequado para planejamento e colaboração entre eles.

3-Turmas com um tamanho adequado para o desenvolvimento do trabalho.

4- Profissionais e auxílio técnico apropriado.

As atividades interdisciplinares e transdisciplinares de cultura matemática são muitas. A tarefa central do professor é saber sistematizar a informação recolhida, organizar os tempos e os espaços adequados, tendo sempre presente os interesses, as motivações, as dificuldades, as potencialidades intelectuais relacionadas com a faixa etária dos alunos.


Com o apoio necessário, o professor tem a incumbência de:


1- Planejar atividades que facilitem o sucesso do aluno, a fim de melhorar seu auto conceito e aumentar sua auto-estima.

2- Utilizar métodos variados.

3- Explicar ao aluno suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar.

4- Não forçar o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido.

5- Propor jogos na sala.

6-Procurar usar situações concretas, nos problemas.

7- Permitir o uso de uma calculadora.

8- Oferecer fácil acesso às tabelas e listas de fórmulas (não exija que o aluno memorize).

9- Dar mais tempo para o aluno fazer a tarefa.

10- Utilizar recursos tecnológicos disponíveis.


Possibilidades



A discalculia pode ser curada?

Sim. O diagnóstico discalculia é sempre apenas uma descrição do atual estágio de desenvolvimento, aplicável por um período máximo de um ano. Como a criança desenvolve, as dificuldades que existiam no ano anterior podem ter minimizado ou quase desaparecem. Se a criança está recebendo tratamento adequado, a possibilidade de desenvolvimento da capacidade matemática é grande. No entanto, muitas vezes algumas partes das dificuldades permanecem de uma forma suave. Por exemplo, as dificuldades em recordar fatos numéricos. É comum que os estudantes continuem a ter características destas dificuldades, de uma forma suave, em toda a vida adulta. A capacidade de concentração, no entanto, geralmente melhora consideravelmente, e muitas vezes vem com a compreensão de conceitos matemáticos e símbolos.

As avaliações são somente válidas por um tempo relativamente curto: Um ano para crianças e adolescente e menos de dois anos para adultos. Muitas vezes algumas partes das dificuldades permanecem de uma forma suave, por exemplo, as dificuldades em recordar fatos numéricos. É habitual que os estudantes irão continuar a ter características destas dificuldades, de uma forma suave, em toda a vida adulta. Capacidade de concentração, no entanto, geralmente melhora consideravelmente, e que muitas vezes vem com a compreensão de conceitos matemáticos e símbolos.


CONCLUSÃO

É um grande desafio identificar, diagnosticar e fazer as intervenções necessárias para que a aprendizagem do aluno seja satisfatória, para sua vida acadêmica e para sua auto estima. É necessário atenção para não rotular, condenando um aluno para o resto de sua vida.

As dificuldades de aprendizagem ainda são assunto pouco explorado nas escolas. O diagnóstico equivocado leva a encaminhamento para tratamentos desnecessários e à exclusão, tirando a oportunidade do aluno de superar suas dificuldades.

É preciso levar o tema para dentro da escola - não como assunto pontual, mas numa discussão permanente -, contemplando as diversas dimensões da vida do aluno, como mais um instrumento para seu desenvolvimento integral, visto que as dificuldades de aprendizagem não têm como causa apenas um fator
.



Notas importantes:



1- No conceito de DA incluem-se quaisquer obstáculos, intrínsecos ou


extrínsecos, que impedem um indivíduo de realizar uma determinada


aprendizagem.

2- Conjunto de 10 organizações profissionais americanas, todas elas interessadas no estudo das dificuldades de aprendizagem.



3- A dislexia é definida como um déficit no desenvolvimento do reconhecimento e compreensão dos textos escritos. A criança disléxica possui uma inabilidade para contar para trás de dois em dois ou três em três, ela não tem compreensão da ordem e estrutura do sistema numérico, dificuldade para aprender tabuada.



4- Alguns comportamentos que causam problemas de aprendizagem complicando as dificuldades na escola:

TAMBÉM............................................................

Falta de controle dos impulsos - toca tudo ou todos que despertam seu interesse, verbaliza suas observações sem pensar, interrompe ou muda abruptamente de assunto em conversas, tem dificuldade para esperar ou revezar com outras pessoas.



Dificuldade para seguir instruções - pede ajuda repetidamente mesmo nas tarefas mais simples (os enganos são cometidos porque as instruções não são completamente entendidas.



Dificuldade de conversação - dificuldade em encontrar as palavras certas, ou perambula sem cessar tentando encontrá-las



Distração - freqüentemente perde a lição, as roupas e outros objetos seus, esquece de fazer as tarefas e trabalhos, tem dificuldade em lembrar compromissos ou ocasiões sociais.



Inflexibilidade - teima em fazer as coisas à sua maneira, mesmo que esta não funcione, resiste a sugestões e a ofertas de ajuda.



Fraco planejamento e habilidades organizacionais - parece não ter noção de tempo e com freqüência chega atrasada ou despreparada, não tem idéia de como começar ou de como dividir o trabalho em segmentos manejáveis quando lhe são dadas várias tarefas ou uma tarefa complexa com várias partes.


Falta de destreza - parece desajeitada e sem coordenação – geralmente deixa cair as coisas ou as derrama – ou apalpa e derruba os objetos, pode ter uma caligrafia péssima, é vista como completamente inepta em esportes e jogos.


Imaturidade social - age como se fosse mais jovem que sua idade cronológica e pode preferir brincar com crianças menores.

FONTE:
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/dificuldades-de-aprendizagem-em-matematica-discalculia-860624.html 

DISTIMIA (mais uma )


 

O emburramento, aspecto de prontidão para começar uma briga, mau humorado, irritação intensa, como se fosse um perigo iminente, acontecendo de forma freqüente, por um período de no mínimo dois anos, pode estar aí o famoso mau humorado, conhecido por DISTÍMICO.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde ( OMS ), atinge a 3% da população mundial, o que significa cerca de 180 milhões de pessoas no mundo e que como relata o Dr Fábio Barbirato, chefe do serviço de neuropsiquiatria infanto-juvenil da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, 70 % dos adultos com DEPRESÃO foram DISTÍMICOS na infância ou adolescência.

Separar o distímico do deprimido, nem sempre é fácil, porem o deprimido é triste e o distímico tem o humor irritado. Como a doença é pouco conhecida e cercada de preconceitos, nem sempre é fácil fazer o diagnóstico da distimia, levando as pessoas a sofrerem por anos a fio até que se faça o diagnóstico.
Trabalhos que vem sendo feitos no mundo científico, leva a crer que a DISTIMIA, como os demais Transtornos Neurocomportamentais, tem a sua etiologia GENÉTICA, havendo interferência SÓCIO-AMBIENTAL E PSICOLÓGICA.
Alguns autores estão correlacionando a etipotogenia da distimia a possíveis NEUROTRANSMISSORES ( SEROTONINA E NORADRENALINA), cuja função é fazer a comunicação química nas sinapses de determinadas áreas do sistema nervoso central, envolvidas com o humor.

Ë comum o paciente DISTIMICO, apresentar manifestações somáticas, como cefaléia, dores musculares, dor epigástrica, alteração dos níveis normais da pressão arterial e baixa imunidade.
Outro aspecto importante em relação a DISTIMIA, segundo relatos do Dr. Fábio Barbirato, é a queda do rendimento escolar destas crianças, em torno de 42% dos 78 casos atendidos no Serviço de Psiquiatria infanto-juvenil da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, com idade de 06 a 16 anos. Alem desta dificuldade acadêmica, o Dr Fábio Barbirato relata ainda, que 78 % tinham dificuldade para se divertir, 64% tinham problemas no relacionamento social, 78% apresentavam baixa auto-estima e 64 % apresentavam sinais de DEPRESSÃO, QUE O Dr Barbirato considera grave.
Uma das preocupações que devemos ter com estes pacientes é a possibilidade de abuso de trnquilizantes e álcool, como ponte para a convivência social.

O tratamento com antidepressivos e psicoterapia cognitivo-comportamental, melhora o quadro em 70 % dos casos, contudo, como diz o Dr Barbirato, estes pacientes jamais ANIMADORES DE FESTAS, mas terão uma vida normal.

Na realidade, diagnosticar e tratar a DISTIMIA é prevenir a DEPRESSÃO, uma das patologias que mais incapacitam pessoas no mundo moderno.


Fonte: site www.tdah.com.br

PROPRIOCEPÇÃO: UM SENTIDO POUCO CONHECIDO


 PROPRIOCEPÇÃO: UM SENTIDO POUCO CONHECIDO

A maioria das crianças aprende que temos cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato e gustação. Há entretanto outros sentidos muito importantes que não estão incluidos nesta lista.


Consciência da posição do corpo, ou “propriocepção” é um desses sentidos.Propriocepção é o sentido que faz com que nosso cérebro desenvolva um mapa interno do corpo de modo que possamos fazer atividades sem precisar monitorar tudo visualmente o tempo todo. A maioria das pessoas ignora a existência desse sentido. Isso é um problema particularmente sério quando ele não funciona bem. Se nem ao menos temos consciência de que o sentido existe, é muito difícil entender problemas relacionados a ele.


Assim como nossos olhos e ouvidos mandam informação sobre o que vemos e ouvimos para o cérebro, partes dos nossos músculos e articulações percebem a posição do nosso corpo e mandam essa informação para o cérebro. Dependemos dessa informação para saber exatamente onde as partes do nosso corpo estão e para planejar movimentos.


Quando o sentido de propriocepção funciona bem, constantemente fazemos ajustes automáticos em nossa posição. Este sentido nos ajuda a manter posição adequada em uma cadeira, segurar utensílios tais como uma caneta ou garfo de maneira adequada, julgar como manobrar no espaço de modo a não bater nas coisas, a que distância temos de estar das pessoas para não ficar perto demais, quanta pressão colocar para evitar quebrar um lápis ou um brinquedo e a mudar as ações que não foram bem sucedidas tais como jogar uma bola em um alvo ou corrigir um mergulho que virou uma barrigada.


Como a propriocepção nos ajuda com funções tão básicas, um problema nesse sistema pode nos causar bastante dificuldade. O que geralmente acontece é que a criança tem de prestar atenção em coisas que deveriam acontecer automaticamente. Também pode ter de usar visão para “descobrir” como fazer os ajustes. Isso pode necessitar muita energia. A criança pode se sentir desajeitada, frustrada e até sentir medo em algumas situações. Por exemplo, pode ser muito assustador descer escadas se você não sabe onde estão os seus pés.


O sistema proprioceptivo é ativado através de atividades de puxar/empurrar, pular e atividades que envolvem peso e pressão firme ou toque profundo. Esse tipo de sensação geralmente é calmante e pode ser útil para a criança que se desorganiza facilmente.


AJUDE SEU FILHO A SE CONSCIENTIZAR DA POSIÇÃO DE SEU CORPO



Estes são alguns exemplos de atividades proprioceptivas. Elas podem ser úteis para ajudar seu filho a se conscientizar mais da posição de seu corpo e se tornar mais calmo e organizado.


1. Deixe a criança ajudar em “trabalho pesado” tal como carregar compras, carregar a cesta de roupa suja, levar o lixo para fora e puxar ervas daninhas.


2. Brinque de “acampar” e ponha saquinhos de arroz e feijão na mochila da criança. Finja que está subindo montanhas e pulando de rochas no parque ou no quintal.


3. Faça um “sanduiche” de seu filho entre as almofadas do sofá. Adicione pressão fingindo por pickles, maionaise, etc. no sanduiche.


4. Faça com que a criança feche os olhos e sinta onde estão suas pernas, mãos, etc. Pergunte se estão para cima ou para baixo. Tente fazer com que assuma várias posições sem olhar, tal como rolar-se como uma bola, tocar seu nariz, fazer um círculo com seus braços e fazer um X com braços e pernas.


5. Dê oportunidade para que receba mais propriocepção quando está aprendendo uma habilidade nova. Por exemplo, usar um peso no pulso quando tentando jogar uma bola pode dar à criança um pouco de feedback extra sobre a posição de seu braço. Outros exemplos incluem praticar letras, formas ou números fazendo-os na massa de modelar ou outra textura firme. Coloque suas mãos nos quadris ou ombros da criança e dê um pouco de pressão quando a criança está aprendendo uma habilidade motora nova tal como subir escadas ou patinar. Mova a criança através dos passos de uma atividade e dê um pouco de resistência aos movimentos de modo que possa senti-los mais facilmente.


6. Faça uma massagem suave mas firme, se a criança gosta disso. Tente esfregar as pernas e braços para ajudar a acordar, aplique pressão nos ombros e cabeça para acalmar ou massageie suas mãos antes que tente uma tarefa difícil

Estas são apenas algumas idéias. Use senso comum e não aplique pressão excessiva; não peça que a criança carregue ou puxe alguma coisa pesada demais. Experimente e descubra o que parece ajudar mais seu filho. Interrompa se a criança demonstrar desconforto ou não for agradável para a criança.

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