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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Mensagem à família






Eugênia Puebla é professora especializada na educação em valores humanos. Consultora e coordenadora de inúmeros projetos, ministra cursos e palestras sobre o tema na Argentina. Desde 1978, é colaboradora de jornais e programas de rádio em seu país.

 
Livros publicados pela Editora Petrópolis
Educar com o coração
disponivel em: www.alashary.org/uniao_de_familia/4/ -
            fotos: google.com.br/fotos-de-familia/2010

Mensagem à família

Na educação de nossos filhos
Todo exagero é negativo.
Responda-lhe, não o instrua.
Proteja-o, não o cubra.
Ajude-o, não o substitua.
Abrigue-o, não o esconda.
Ame-o, não o idolatre.
Acompanhe-o, não o leve.
Mostre-lhe o perigo, não o atemorize.
Inclua-o, não o isole.
Alimente suas esperanças, não as descarte.
Não exija que seja o melhor, peça-lhe para ser bom e dê exemplo.
Não o mime em demasia, rodeie-o de amor.
Não o mande estudar, prepare-lhe um clima de estudo.
Não fabrique um castelo para ele, vivam todos com naturalidade.
Não lhe ensine a ser, seja você como quer que ele seja.
Não lhe dedique a vida, vivam todos.
Lembre-se de que seu filho não o escuta, ele o olha.
E, finalmente, quando a gaiola do canário se quebrar, não compre outra...
Ensina-lhe a viver sem portas.

PEDOFILIA - MALDADE OU DOENÇA?


 PEDOFILIA - MALDADE OU DOENÇA? 
PEDOFILIA – Maldade ou doença? ‘’Ao abordarmos este assunto tão delicado e controverso, devemos nos solidarizar com todas as vitimas de pedofilia. Sabe-se que pedofilia é crime contra a criança e a sociedade. Respeitando as normas estabelecidas pelaConvenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aprovada em 1989 pela Assembleia Geral das Nações Unidas que define os países signatários como responsaveis; e que devem tomar "todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educativas" adequadas à proteção da criança, inclusive no que se refere à violência sexual (artigo 19)’’.   


Maldade ou doença?
Para responder a este questionamento muito comum, temos que compreender os conceitos acima.O que é maldade?  Segundo Priberam dicionário da língua portuguesa o significado da palavra maldade é: Tendência a praticar o mal – ação ruim, iniqüidade e crueldade. Vamos estender um pouco esta explicação – a maldade é contraponto da bondade. Ou o verso desta mesma moeda. A bondade é super valorizada pelo homem, ao contrario da maldade, que é desprezada de maneira odiosa.Existe uma pergunta importante: ‘’A maldade é inata ou adquirida?’’ ou melhor dizendo a maldade já esta instalada no homem quando ele nasce ou é um processo de aquisição em seu relacionamento com o meio e sua cultura. Esta duvida persiste há séculos – no ano de 371 a.C. o filosofo Chinês Mêncio Meng-Tse, seguidor de Confúcio  acreditava que os seres humanos são dotados de compaixão, moralidade, e tem a capacidade de distinguir entre o bem e o mal. Sendo assim este pensador chinês acreditava que a maldade humana é resultado das influencias externas sofridas pela exposição ao meio e a cultura. Já, o político chinês Lao - Tse, da dinastina Han e pai do taoismo, em 280 a.C. -  defendia que os seres humanos são naturalmente maus e precisam da educação e das pressões políticas e sociais para exercitar a civilidade e se tornarem bons, e assim viverem pacificamente em sociedade.Este debate continua atualmente, porem, com novos recursos. O avanço tecnológico trouxe maneiras de identificar o que a ciência chama de: O DNA da maldade.  Nos últimos 20 anos, muitos estudos têm mostrado que assassinos e criminosos muito violentos têm evidências precoces de doença cerebral. Por exemplo, num estudo feito por Pamela Y. Blake, Jonathan H. Pincus e Cary Buckner -Neurologic abnormalities in murderers dos USA, 20 de 31 assassinos confessos e sentenciados possuíam diagnósticos neurológicos específicos e mais de 64% dos criminosos foram diagnosticados com anormalidades no lobo frontal.   Segundo estudos recentes, muitos comportamentos associados às relações sociais são controlados pelo ‘’lobo frontal’’. Segundo especialistas nesta área todos os primatas sociais desenvolvem bastante o cérebro frontal e a espécie humana tem o maior desenvolvimento de todos. E isso nos diferencia dos animais. Entre muitos outros questionamentos existem os que são extremamente relevantes para a psicologia e outras ciências. A cultura de uma época, por exemplo, é determinante para o desenvolvimento de algumas doenças, inclusive as doenças mentais. Existem indagações e muitas controvérsias a respeito da predisposição biológica para o DNA do mal. Vivemos um quadro social bastante favorável e até mesmo fértil para a perpetração da maldade em nosso meio. Vamos pensar em apenas alguns casos: o desrespeito a vida, a banalização da morte e todo tipo de violência, a desestruturação familiar que culmina em uma sociedade sem valores éticos e morais e conseqüentemente mais violenta. Estamos diante de uma mudança radical da natureza, o clima esta mudando drasticamente. As reservas naturais são desfalcadas continuamente, os recursos naturais estão exauridos. E viver neste sistema esta modificando o homem em sua relação com o meio e com o outro. Tornando-o mais refratário as questões humanitárias.
Sendo assim, a maldade encontra um território vasto para perpetuar, e culmina no desequilíbrio das questões éticas e morais.
O que é doença? 
Doença (do latim dolentia, padecimento) designa em medicina e outrasciências da saúde um distúrbio das funções de um órgão, da psique ou do organismocomo um todo que está associado a sintomas específicos. Pode ser causada por fatores externos, como outros organismos (infecção), ou por disfunções ou malfunções internas, como as doenças autoimunes. A patologia é a ciência que estuda as doenças e procura entendê-las (fonte Wikipédia). E segundo dicionário da Língua Portuguesa doença é descrita: Denominação genérica de qualquer desvio do estado normal; conjunto de sinais e/ou sintomas que têm uma ou mais causas; moléstia.Segundo a Organização Mundial da Saude, pedofilia é desordem mental.A pedofilia é classificada pela OMS, como uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual, considerada pelo Manual Dagnostico e Estatistico de Transtornos Mentais o DSM-IV, como Disfunção Sexual, parafilia que caracteriza-se por uma perturbação no desejo sexual e alterações fisiopsicológicas no ciclo da resposta sexual, causando sofrimento acentuado e dificuldade interpessoal.
Então é doença?
Se baseados nos conceitos do que é doença - DENOMINAÇÃO GENERICA DE QUALQUER DESVIO DO ESTADO NORMAL - Sim pedofilia pode ser considerada uma doença psiquíca - ou segundo DSM-IV transtorno mental (uma compulsão) - que desestabiliza e causa prejuizo significativo ao seu portador. É exatamente aqui que devemos fazer uma pausa e separar o joio do trigo. A pergunta mais apropriada seria:
''Todos os abusadores de menores são pedofilos?''  - Infelizmente fazer esta conceituação não desata os nós desta questão.
A causa ou causas da pedofilia são desconhecidas.  Pensava-se que o histórico de abuso sexual na infância era um forte fator de risco, mas pesquisas recentes não encontraram relação causal, uma vez que a grande maioria das crianças que sofrem abusos não se tornam infratores quando adultos, nem tampouco a maioria dos infratores adultos relatam terem sofrido abuso sexual. O "USA Government Accountability Office" concluiu que "a existência de um ciclo de abuso sexual não foi estabelecida." Antes de 1996, havia uma crença generalizada na teoria do "ciclo de violência", porque a maioria das pesquisas feitas eram retrospectivas e baseadas em um grupo pré-definido (Cross-sectional study) — os infratores eram questionados se teriam sofrido abusos no passado.

Causas – (Fonte Wikipédia)
A maioria desses estudos descobriu que a maioria dos adultos infratores relataram não terem sofrido qualquer tipo de abuso durante a infância, mas os estudos variam quanto as estimativas percentuais de infratores com histórico de abusos em relação ao total de infratores, de 0 a 79 por cento. Pesquisa mais recentes, de caráter prospectivo longitudinal, estudando crianças com casos documentados de abuso sexual ao longo de certo período a fim de determinar que percentagem delas se tornaria infratora, tem demonstrado que a teoria do ciclo de violência não constitui uma explicação satisfatória para o comportamento pedófilo.Recentes estudos, empregando exploração por ressonância magnética, foram feitos na Universidade de Yale e mostraram diferenças significativas na atividade cerebral dos pedófilos. O jornal Biological Psychiatry declarou que, pela primeira vez, foram encontradas provas concretas de diferenças na estrutura de pensamento dos pedófilos. Um psicólogo forense declarou que essas descobertas podem tornar possível o tratamento farmacológico da pedofilia. Continuando nessa linha de pesquisas, o Centro de Vício e Saúde Mental de Toronto, em estudo publicado noJournal of Psychiatry Research, demonstrou que a pedofilia pode ser causada por ligações imperfeitas no cérebro dos pedófilos. Os estudos indicaram que os pedófilos têm significativamente menos matéria branca, que é a responsável por unir as diversas partes do cérebro entre si.Correlações biológicas – (fonte Wikipédia)Muitos pesquisadores tem relatado correlações entre a pedofilia e algumas características psicológicas, como baixa auto-estima e baixa habilidade social. Até recentemente, muitos pesquisadores acreditavam que a pedofilia fosse causada por essas características. A partir de 2002, outros pesquisadores, em especial ossexólogos canadenses James Cantor e Ray Blanchard junto com seus colegas, começaram a relatar um série de descobertas relacionando a pedofilia (a definição médica da preferência sexual por crianças, não a definição comportamental utilizada por outras fontes) com a estrutura e o funcionamento cerebrais: homens pedófios possuem QI mais baixo, pontuação mais baixa em testes de memória, maior proporção de canhotos, taxas mais altas de repetência escolar em proporção com as diferenças de QI, menor estatura maior probabilidade de terem sofrido ferimentos na cabeça acompanhados de perda de consciência, e várias diferenças em estruturas cerebrais detectadas através de ressonância magnética nuclear (MRI, em inglês). Eles relatam que suas descobertas sugerem a existência de uma ou mais características neurológicas congênitas (presentes ao nascer) que causam ou aumentam a probabilidade de se tornar um pedófilo. Evidências de transmissão familiar "sugerem, mas não provam que fatores genéticos sejam responsáveis" pelo desenvolvimento da pedofilia.Outro estudo, usando ressonância magnética nuclear (MRI) estrutural, mostra que homens pedófilos possuem um menor volume de massa branca do que criminosos não-sexuais.Imagens de ressonância magnética funcional (fMRI) tem mostrado que pessoas diagnosticados com pedofilia que abusaram de crianças tem ativação reduzida do hipotálamo, em comparação com indivíduos não-pedófilos, ao serem expostos a fotos eróticas de adultos. Um estudo de neuroimagem funcional de 2008 nota que o processamento central de estímulos sexuais em "pacientes pedófilos forenses" heterosexuais podem ser alterados por um distúrbio nas redes pré-frontais, que "podem estar associadas a comportamentos controlados por estímulo, como os comportamentos sexuais compulsivos." As descobertas podem também sugerir "uma disfunção no estágio cognitivo do processamento da excitação sexual."Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) revisaram a pesquisa que tentou identificar aspectos hormonais de pedófilos. Eles concluíram que há de fato alguma evidência de que homens pedófilos tem menos testoterona do que aqueles no grupo de controle, mas que a pesquisa é pobre e que é difícil tirar qualquer conclusão firme a partir dela.Apesar de não poderem ser consideradas causas da pedofilia, diagnósticos psiquiáricos adicionais — como distúrbios da personalidade e abuso de substâncias — são fatores de risco para a concretização dos impulsos pedófilos. Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) notaram, a respeito do nexo-causal pedofilia-estados psiquiátricos adicionais, que "as implicações teóricas não são tão claras. São os genes específicos ou fatores nocivos no ambiente pré-natal que predispõem um homem a desenvolver distúrbios afetivos e pedofilia, ou a frustração e isolamento causados pelos desejos sexuais socialmente inaceitáveis — ou a sua ocasional satisfação - é que levam à ansiedade e ao desespero?" Eles indicaram que, por terem constatado anteriormente que mães de pedófilos tem maior probabilidade de terem passado por tratamento psiquiátrico, a hipótese genética é mais provável.
Se é doença pode ser tratada? Tratamento – (fonte Wikipédia)
Numerosas técnicas voltadas para o tratamento da pedofilia tem sido desenvolvidas. Muitos vêm a pedofilia como altamente resistente contra interferência psicológica, e acreditam que tratamentos e estratégias reparativas são ineficientes. Outros, tais como o Dr. Fred Berlin, acreditam que a pedofilia poderia ser claramente mais bem tratada com êxito se a comunidade médica desse mais atenção ao tema. Porém, a taxa de casos muito bem-sucedidos de tratamento é muito baixa.Técnicas utilizadas para o tratamento da pedofilia incluem um "sistema de suporte de doze passos", paralelo à terapia de vícios, embora tal sistema é visto por muitos como o meio menos eficiente de tratamento. Medicações antiandrogênicas, tais como o Depo Provera, podem ser utilizadas para diminuírem níveis detestosterona, e são constantemente utilizados, em conjunto com outras medidas.A terapia cognitivo-comportamental possui mais suporte em geral, onde o pedófilo aprende a associar o "comportamento pedofílico" com diversos atos considerados não-desejáveis. Geralmente, isto é feito dizendo para o pedófilo "fantasiar atividade sexual desviante", e então, uma vez excitado, os pedófilos são ditos para imaginarem as consequências legais e sociais de tais fantasias. Outros programas induzem o pedófilo a associarem comportamento ilegal com dor, através da controversa terapia de aversão, onde choques elétricos são induzidos ao pedófilo enquanto este está fantasiando. Estes últimos métodos são raramente utilizados em pedófilos que não cometeram ainda crimes baseados na pedofilia.Mas todo abusador de crianças é pedofilo?


Definitivamente não, existe um reducionismo neste termo ‘’pedofilia’’, e principalmente a midia falada, coloca tudo que se relaciona com o abuso de menores no mesmo patamar. Fica tudo reduzido a pedofilia. O que não esta correto. Existem muitos outros tipos de transgressores sexuais que são oportunistas e por motivos torpes abusam de menores. E no entanto, não são pedofilios, nunca foram, apenas tiveram a oportunidade e a exerceram.
Texto: Jane A. Bitencourt

Família




A pergunta aqui é: De onde vem tanta fragilidade humana...


A resposta é extremamente dolorosa: De suas famílias de base...



‘’A família é a fonte da prosperidade e da desgraça dos povos’’

                             (Martinho Lutero) (1483-1546)


‘’Educa as crianças e não precisarás castigar os homens’’
                                                                                          (Pitágoras) (571-496 a.C )

terça-feira, 1 de maio de 2012

Mais uma.....A criança autista


Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal; é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.
Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.
O autismo não tem cura. É uma síndrome que definiu, em 1943, um psiquiatra de origem austríaca chamado Leo Kanner. Hoje em dia ainda não se conhecem as causas que originam essa grave dificuldade para relacionar-se.
Uma criança autista tem um “olhar que não olha”, mas que traspassa. No lactante, pode-se observar um balbuceio monótono do som, balbuceio tardio, e uma falta de contato com seu ambiente, assim como de uma linguagem gestual. Não segue a mãe e pode distrair-se com um objeto sem saber para que serve.
Na etapa pré-escolar se mostra estranho, não fala. Custa-lhe assumir-se e identificar aos demais. Não mostra contato de forma alguma. Podem apresentar condutas agressivas inclusive consigo mesma. Outra característica do autismo é a tendência a realizar atividades de maneira repetitiva. A criança autista pode dar voltas como um pião, fazer movimentos rítmicos com seu corpo tal como agitar os braços.
Os autistas com alto nível funcional podem repetir os comerciais de televisão ou realizar rituais complexos ao deitar-se para dormir. Na adolescência, fala-se que 1/3 dos autistas podem sofrer ataques epiléticos o qual se faz pensar em uma causa nervosa.

Lista de Checagem do Autismo

A lista serve como orientação para o diagnóstico. Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.
  • Dificuldade em juntar-se com outras pessoas,
  • Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina,
  • Risos e sorrisos inapropriados,
  • Não temer os perigos,
  • Pouco contato visual,
  • Pequena resposta aos métodos normais de ensino,
  • Brinquedos muitas vezes interrompidos,
  • Aparente insensibilidade à dor,
  • Ecolalia (repetição de palavras ou frases),
  • Preferência por estar só; conduta reservada,
  • Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente,
  • Faz girar os objetos,
  • Hiper ou hipo atividade física,
  • Aparenta angústia sem razão aparente,
  • Não responde às ordens verbais; atua como se fosse surdo,
  • Apego inapropriado a objetos,
  • Habilidades motoras e atividades motoras finas desiguais, e
  • Dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras.
Crianças com autismo precisam ter o dia estruturado e professores que saibam ser firmes, mas humanos.

1 - Muitas pessoas com autismo são pensadores visuais. Eu penso por imagens. Eu não penso por linguagem. Todos os meus pensamentos são como vídeo - tapes correndo em minha imaginação. Imagens são minha primeira linguagem.
Os substantivos foram as palavras mais fáceis de aprender, porque eu podia formar uma imagem em minha mente .
Para aprender palavras como "embaixo" e "em cima", o professor podia mostrá-las para a criança. Por exemplo: Pegava o avião de brinquedo e dizia: "em cima", enquanto fazia o avião levantar da cadeira.
2 - Deve-se evitar series de instruções verbais longas. Pessoas com autismo tem problemas de lembrar seqüências. Se a criança sabe ler, escreva as instruções no papel. Eu sou inábil em lembrar seqüências. Se eu pergunto a localização de um posto de gasolina, eu posso lembrar apenas três passos. Localização com mais de três instruções tem que ser escritas. Eu ainda tenho dificuldade de lembrar números de telefones, porque eu não posso formar uma imagem em minha mente.
3 - Muitas crianças com autismo são bons desenhistas, artistas e programadores de computador. Estes tipos de talento poderiam ser encorajados. Eu penso que há necessidade de dar mais ênfase no desenvolvimento dos talentos das crianças.
4 - Muitas crianças autistas tem fixação em um assunto, como trens ou mapas. A melhor forma de trabalhar com essas fixações é usá-las como motivos de trabalhos escolares. Ex.: Se uma criança gosta de trens, então use trens para ensiná-la a ler e fazer cálculos. Leia um livro sobre trens e faça problemas matemáticos com trens. Por exemplo: Calcule a distância que um trem percorre para ir de New York a Washington.
5 - Use métodos visuais concretos para ensinar números e conceitos. Meus pais me deram um brinquedo matemático que me ajudou a aprender números. Ele consistia em um jogo de blocos que tinha comprimentos diferentes e cores diferentes para os números de uma a dez. Com isto, eu aprendi a adicionar e subtrair. Para aprender frações, meu professor tinha uma maçã de madeira cortada em quatro partes e uma pêra cortada ao meio. A partir dai, eu aprendi o conceito de quatro e metades.
6 - Eu tinha a pior letra da minha classe. Muitas crianças autistas tem problemas com controle motor de suas mãos. Letra bonita é algumas vezes muito difícil . Isto pode frustrar totalmente a criança. Para reduzir a frustração e ajudar a criança a adquirir escrita, deixe-a datilografar no computador. Datilografar é, as vezes, muito mais fácil.
7 - Algumas crianças autistas aprenderão a ler mais facilmente por métodos fônicos, e outras aprenderão com a memorização das palavras. Eu aprendi pelo método fônico.
8 - Quando eu era uma criança, sons altos como o da campainha da escola, feriam os meus ouvidos como uma broca de dentista fere um nervo. Crianças com autismo precisam ser protegidas de sons que ferem seus ouvidos. Os sons que causaram os maiores problemas são: campainhas de escola, zumbidos no quadro de pontuação dos ginásios, som de cadeiras se arrastando pelo chão. Em muitos casos a criança estará pronta para tolerar o sino ou zumbido se ele for abafado simplesmente pelo recheio de um tecido, papel ou um tipo de cadarço ou cordão. O arrastar de cadeiras pode ser silenciado com colocação de borrachas de tênis ou carpetes. A criança pode temer uma determinada sala, porque tem medo que de repente possa ser submetida ao agudo do microfone vindo do sistema amplificador. O medo de um som horrível pode causar péssimo comportamento.
9 - Algumas pessoas autistas são importunadas por distrações visuais ou luzes fluorescentes. Elas podem ver a centelha do ciclo 60 de eletricidade. Para evitar este problema, coloque a carteira da criança perto da janela ou tente evitar usar luzes fluorescentes. Se as luzes não podem ser evitadas, use as lâmpadas mais novas que você puder conseguir. Lâmpadas mais novas tremem menos.
10 - Algumas crianças autistas hiperativas que atormentam todo o tempo, serão por vezes acalmados se elas forem vestidas com um colete com enchimento. A pressão da roupa ajuda a acalmar o sistema nervoso. Eu fui grandemente acalmado por pressão. Para melhores resultados, a roupa poderia ser vestida por vinte minutos e então retirada por alguns minutos. Isto previne o sistema nervoso de se adaptar a ela.
11 - Algumas pessoas com autismo em particular, responderão melhor e terão melhorado o contato visual e a fala se o professor interagir com elas enquanto estiverem nadando ou rolando em uma esteira. A introdução sensória pelo balanço ou a pressão de esteira algumas vezes ajuda a melhorar a fala. O balanço pode ser feito como um jogo divertido. Ele NUNCA deve ser forçado.
12 - Algumas crianças e adultos podem cantar melhor que falar. Eles podem responder melhor se as palavras forem cantadas para eles. Algumas crianças com extrema sensibilidade sonora responderão melhor se o professor falar com elas em um leve sussurro.
13 - Algumas crianças e adultos não-verbais podem não processar estímulos visuais e auditivos ao mesmo tempo. Elas são monocanais. Elas podem não ver ou ouvir ao mesmo tempo, e não podem ser chamadas a ver e ouvir ao mesmo tempo. A elas poderá ser dada ou uma tarefa auditiva ou uma tarefa visual. Seu sistema nervoso imaturo não está apto a processar simultaneamente estímulos visuais e auditivos.
14 - Em crianças não-verbais mais velhas e adultos, o tato é algumas vezes seu senso mais confiavel. As vezes e muito mais fácil para elas sentir. Letras podem ser ensinadas ao deixá-las tatear letras plásticas.
Elas podem aprender seu itinerário (rotina) diário, sentindo objetos alguns minutos antes da atividade programada. Por exemplo: 15 minutos antes do almoço, dê a elas uma colher para segurar. Alguns minutos antes de sair de carro, deixe-a pegar um carrinho de brinquedo.
Referências:
Dia mundial do Autismo

O brincar enquanto função mental


De forma comum normalmente se tem a ideia de que a brincadeira não passa de uma atividade que as crianças arrumam para preencher seu tempo, já que nada podem fazer de tão importante para o bem comum. Olhando por esse ponto de vista, as brincadeiras então, podem facilmente serem excluídas pelos adultos da vida da criança, como dispensáveis, quando existem outros interesses implicados na ocasião.

Entretanto, do ponto de vista psicológico, as brincadeiras são importantes ensaios de situações que a criança viverá no futuro e isso não está presente apenas nos humanos, mas, nos outros animais também é prática instintiva ensaiar, sem compromisso com o sucesso, os passos que deverá dar em direção à vida.

Brincadeiras infantis estão repletas de experiências fundamentais no desenvolvimento da mente e definem de forma muito importante traços da capacidade emocional.
Sentimentos de amor e ódio que permearão toda a vida da criança estão a sua disposição nas brincadeiras para serem conhecidos e experimentamos, sem que influenciem sua vida, de forma comprometedora. Durante suas experiências nas brincadeiras poderá matar ou amar loucamente tudo e todos que desejar, em sua imaginação. Situações de paixões arrebatadoras e sentimentos de intensa rivalidade, ainda proibidos para a criança, descobrem nas brincadeiras um laboratório de importância essencial.
A mulher que pôde brincar de ser mãe quando era menina e que desejou isso, cria um espaço interno que comportará essa função de forma muito bonita na vida adulta.
Da mesma forma, o garotinho que pôde lutar com o rival e aniquilar seu inimigo, em suas brincadeiras, têm maior chance de resolver problemas dessa ordem e não repetir esse tipo de comportamento de forma comprometedora em sua vida adulta.

Melanie Klein (1882-1960), pensadora austríaca, nome mais importante depois de Sigmund Freud (1856-1939) para a psicanálise, publica em 1932 A psicanálise da criança, onde propõe a ludoterapia como recurso principal no tratamento psicológico de crianças. A palavra lúdico, de onde vem ludoterapia, significa brincadeira e tem sua origem no Latim “illusio”, propondo a ilusão como o ensaio do que será real. A pensadora propõe a brincadeira como libertadora de sentimentos reprimidos na vida emocional da criança, permitindo uma adequação no seu funcionamento mental.
Nada mais banal do que os interesses que os adultos defendem; nada mais importante do que os temas das brincadeiras infantis.

Professor RenatoProf. Renato Dias Martino - Psicoterapeuta e Escritor
Telefone:             17-30113866      
E-mail: renatodiasmartino@hotmail.com
Site: http://pensar-seasi-mesmo.blogspot.com

Preparo, competência e oportunidade!


João Oliveira
Sorte existe? Alguma pessoa pode ter tido sorte na vida?Professora
Na verdade isso soa relativo do mesmo jeito que a palavra “felicidade”, depende de uma interpretação pessoal e não de um conceito geral. Sorte pode ser algo insignificante para alguns (como achar uma nota de cem reais na rua) ou fabuloso para outros (como encontrar um pedaço de pizza no lixo). Medimos o que seria sorte ou azar pelo nosso prisma de referência.
Para que a sorte possa nos achar, precisamos nos ajustar e criar todo um campo de pouso para ela. Lembro sempre de Napoleon Hill:
“Eis os passos que conduzem do desejo à realização: Primeiro, o desejo ardente; em seguida, a cristalização desse desejo num propósito definido, e finalmente a ação adequada para conseguir o propósito.
 ”(NapoleonHill em “A Lei do Triunfo” de 1928)


Esses três passos podem ser adequados à nossa época, sem fugir ao escopo original, mas trocando a ordem da seguinte forma:

1) Preparo – nos dias atuais não existe mais espaço para as pessoas generalistas. Antigamente, ao pedir um emprego, o homem dizia que era capaz de fazer qualquer coisa e isto era muito bom para a empresa. Hoje as coisas mudaram, a interpretação de um empresário para quem diz que faz tudo é por que ele não faz nada direito. É necessário um período de preparo para se atuar em funções específicas. O mundo, hoje, é dos especialistas.


2) Competência – jamais se prepare para algo que não gosta de fazer. A competência está intimamente ligada à paixão que se tem pela função que deseja exercer. Ninguém permanece em um cargo, por muito tempo, só pelo dinheiro. Até é possível, mas será uma vida miserável, sem o prazer de levantar pela manhã e ir para o trabalho. Para ter competência, que isto fique bem claro, é necessário ter amor pelo que faz. Escolha sua profissão baseado em você, não nos resultados. A fortuna alcança qualquer talento.


3) Oportunidade – A chuva não molha quem está dentro de casa. Para obter o resultado pretendido, faz-se primal que o espaço ideal seja procurado. Um amigo meu, morador de uma ilha aqui no Brasil, tinha o desejo de ser ator e/ou editor de vídeo. Essas funções praticamente não existem neste lugar e, embora fosse o paraíso de Fernando de Noronha, ele deixou para trás uma linda paisagem e hoje reside em Natal onde já está próximo ao seu objetivo de vida. A oportunidade só é vista por quem está olhando para ela, perguntando por ela, passeando nas ruas e investigando sua existência.
Estamos, eu e você, em uma sala quando chega um profissional de RH que grita:
“- Tenho um salário de R$ 20.000,00 por mês – em 2012 seria um bom salário – com cinco anos de contrato com casa, transporte e alimentação para qualquer um que faça tradução do Alemão para Mandarim!”
Se nós tivemos investido nosso tempo em aprender esses idiomas... Seria uma baita sorte não?

João OliveiraJoão Oliveira - Psicólogo Clínico. Mestre em Cognição e Linguagem,  pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) / RJ . Pós-graduado em Hipnose Clínica e Organizacional: uma técnica prática na construção da saúde - SPEI / IBHA - Rio de Janeiro. Pós-graduado em Psicologia Humanista Existencial - UNESA.Pós-graduado em Cultura, Comunicação e Linguagem -FAFIC. Graduado em Psicologia – Formação de Psicólogo - UNESA