CANTIGAS, BRINCADEIRAS E RIMAS | ||||||
Os adeptos do racionalismo, por sua vez, atribuem sua aquisição às estruturas cognitivas (hereditárias ou inatas) do ser humano, como bem o demonstram as teorias inatistas do linguista Noam Chomsky. Ainda hoje, porém, boa parte dos estudos nessa área foca apenas a comunicação direta entre o adulto e a criança, deixando de lado um universo riquíssimo, composto por cantigas de ninar, brincadeiras com rimas e os muitos jogos verbais. É inegável, entretanto, que os bebês são tocados e estimulados de várias formas pela voz do adulto numa época anterior aos 2 anos, quando os pequenos recorrem ao corpo para se expressar. Nessa fase, os gestos e os sons emitidos por eles ocupam o lugar das palavras que ainda não podem ser pronunciadas. Esse processo pode ser estimulado, por exemplo, quando as crianças ouvem palavras ritmadas e cadências sonoras que as fazem adormecer. De início são as cantigas de ninar e o mamanhês (fala materna que se caracteriza por uma entonação particular ao se dirigir à criança) que acalantam os pequenos. Depois vêm os jogos orais propostos pelos adultos e que darão origem às brincadeiras de infância, nos quais confluem movimento e linguagem. Assim como as cantigas, as histórias e lendas são preciosos brinquedos invisíveis que também podem ser importantes constituintes de subjetividade, caracterizando-se como objetos lúdicos e matrizes da linguagem oral e escrita |
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
5-Por que bebês não falam como adultos?
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