Dificuldade de aprendizagem
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Dificuldade
de aprendizagem, por vezes referida como desordem de aprendizagem ou transtorno de aprendizagem, é um tipo
de desordem pela qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender efetivamente. A desordem afeta a
capacidade do cérebro em receber e
processar informação e pode
tornar problemático para um indivíduo o aprendizado tão rápido quanto o de
outro, que não é afetado por ela.
características gerais
A expressão é usada para referir condições sócio-biológicas que afetam as
capacidades de aprendizado de indivíduos, em termos de aquisição, construção e
desenvolvimento das funções cognitivas,
e abrange transtornos tão diferentes como incapacidade de percepção, dano
cerebral, disfunção cerebral mínima, autismo, dislexia e afasia
desenvolvimental. No campo da Educação,
as mais comuns são a Dislexia, a Disortografia
e a Discalculia.
Um indivíduo com dificuldades de aprendizagem não apresenta necessariamente
baixo ou alto QI:
significa apenas que ele está trabalhando abaixo da sua capacidade devido a um
fator com dificuldade, em áreas como por exemplo o processamento visual ou
auditivo. As dificuldades de aprendizagem normalmente são identificadas na fase
de escolarização,
por profissionais como psicólogos, através de avaliações específicas de inteligência,
conteúdos e processos de aprendizagem.
Embora a dificuldade de aprendizagem não seja indicativa do nível de inteligência,
os seus portadores têm dificuldades em desempenhar funções ou habilidades
específicas, ou em completar tarefas, caso entregues a si próprios ou se
encarados de forma convencional. Estes indivíduos não podem ser curados ou
melhorados, uma vez que o problema é crônico, ou seja, para toda a vida.
Entretanto, com o apoio e intervenções adequados, esses mesmos indivíduos podem
ter sucesso escolar e continuar a progredir em carreiras bem sucedidas, e mesmo
de destaque, ao longo de suas vidas.
Definições oficiais
O termo "dificuldade de aprendizagem" (no original em língua
inglesa, "learning disability") aparentemente foi usado
pela primeira vez e definida por Kirk (1962, citado em Streissguth, Bookstein,
Sampson, & Barr, 1993, p. 144). O autor referia-se a uma aparente
discrepância entre a capacidade da criança em aprender e o seu nível de
realização. Nos Estados Unidos da América uma análise das
classificações de Dificuldades de Aprendizagem em 49 dos 50 estados revelou que
28 dos estados incluiram critérios de discrepância de QI/realização em suas
diretrizes para Dificuldades de Aprendizagem (Ibid., citando Frankenberger
& Harper, 1987). No entanto, o Joint
National Committee for Learning Disabilities (NJCLD) (1981; 1985) preferiu
uma definição ligeiramente diferente:
"Dificuldades
de Aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo
de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e uso da
audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Esses
transtornos são intrínsecos ao indivíduo e presume-se que devido à disfunção do
Sistema Nervoso
Central. Apesar de que uma dificuldade de aprendizagem pode ocorrer
concomitantemente com outras condições incapacitantes (por exemplo, deficiência
sensorial, retardo mental, distúrbio social e emocional) ou influências
ambientais (por exemplo, diferenças culturais, instrução
insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é o resultado direto dessas
condições ou influências.
Ainda nos Estados Unidos, o "Individuals with
Disabilities Education Act" (Lei de Educação das Pessoas Portadoras de
Deficiência) define uma dificuldade de aprendizagem da seguinte forma:
"(...)
[um] transtorno em um ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos na compreensão
ou na utilização de linguagem falada ou escrita, que pode manifestar-se em uma
habilidade imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar, ou
fazer cálculos matemáticos (...). Dificuldades de Aprendizagem incluem
condições como deficiências perceptivas, lesão cerebral, disfunção cerebral
mínima, dislexia e afasia de desenvolvimento."
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