O PROLEC – Provas de Avaliação dos Processos de Leitura, é um
instrumento interessante tanto do ponto vista científico quanto clínico,
como se poderá comprovar pelos exemplos de estudos mencionados de
seguida:
Taibo, Iglesias, Méndez & Raposo (2009)
aplicaram o PROLEC em adolescentes com paralisia cerebral e avaliaram
também, memória de trabalho e habilidades fonológicas, descobrindo que
essas variáveis cognitivas se mostraram fortemente associadas com a
capacidade de leitura.
Rodríguez, Domínguez, Alonso e Baños (2003)
avaliaram crianças com deficiência auditiva e verificaram que suas
habilidades metafonológicas variavam de acordo com o nível de educação e
que havia uma relação clara com habilidades de leitura, avaliadas pelo
PROLEC.
Monreal e Hernandéz (2005) usaram o PROLEC para
avaliar o nível de leitura de uma amostra de pessoas surdas, entre 9 e
20 anos, todos estudantes de escolas regulares de uma região da Espanha.
Os resultados do estudo foram consistentes com outras pesquisas,
indicando que o nível de leitura de pessoas no fim do ensino primário
(com média de idade de 13 anos) foram semelhantes ou mais baixos do que
pessoas ouvintes no início da escola primária (com média de 7 anos de
idade).
Guzmán e Cols (2004), encontraram dados apontando
que a dificuldade de nomeação de letras foi independente de idade, mas
relacionada com nível de proficiência em leitura, em amostras de
crianças com e sem dificuldades de aprendizagem relacionada à leitura.
Jiménes, Hernández e Conforti (2006) estudaram uma
amostra de crianças disléxicas, avaliadas pelo PROLEC, e compararam com
um amostra de crianças sem dificuldades de leitura no que toca à
simetria cerebral e os resultados demonstraram que as crianças com
dislexia apresentaram convergências no hemisfério esquerdo, enquanto que
aquelas sem dificuldades não apresentaram padrões semelhantes.
Jiménez, Siegel, O’Shanahan e Ford (2009)
verificaram o papel do QI e de processos cognitivos no desempenho em
leitura de 443 crianças espanholas, entre 7 e 13 anos. As crianças foram
divididas em quatro faixas de QI e segundo sua capacidade de leitura,
avaliada pelo PROLEC. Os resultados indicaram que as relações entre
habilidade de leitura e QI não foram significativas.
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