sexta-feira, 28 de outubro de 2011
TORRADAS QUEIMADAS! (e o grande valor de TOLERÂNCIA !)
Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar.
E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.
Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me
perguntar como tinha sido o meu dia na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele
lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por
haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Adorei a torrada queimada..."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai,
eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava
realmente cansada...
Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas.
E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas
alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das
chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas
do outro.
Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio
brilhando.
Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo
ficar cheiroso, de tão limpo.
Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu.
Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos.
Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois
presentes.
Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai.
Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de
relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com
amigos.
Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem
dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.
"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse.
Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir."
sábado, 22 de outubro de 2011
Carlos
Drummond de Andrade
(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco
de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
(...) E de
tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
(Resíduo)
Transtornos de aprendizagem:
Dificuldade de aprendizagem
Classificação e recursos externos:
| |
Dificuldade
de aprendizagem, por vezes referida como desordem de aprendizagem ou transtorno de aprendizagem, é um tipo
de desordem pela qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender efetivamente. A desordem afeta a
capacidade do cérebro em receber e
processar informação e pode
tornar problemático para um indivíduo o aprendizado tão rápido quanto o de
outro, que não é afetado por ela.
características gerais
A expressão é usada para referir condições sócio-biológicas que afetam as
capacidades de aprendizado de indivíduos, em termos de aquisição, construção e
desenvolvimento das funções cognitivas,
e abrange transtornos tão diferentes como incapacidade de percepção, dano
cerebral, disfunção cerebral mínima, autismo, dislexia e afasia
desenvolvimental. No campo da Educação,
as mais comuns são a Dislexia, a Disortografia
e a Discalculia.
Um indivíduo com dificuldades de aprendizagem não apresenta necessariamente
baixo ou alto QI:
significa apenas que ele está trabalhando abaixo da sua capacidade devido a um
fator com dificuldade, em áreas como por exemplo o processamento visual ou
auditivo. As dificuldades de aprendizagem normalmente são identificadas na fase
de escolarização,
por profissionais como psicólogos, através de avaliações específicas de inteligência,
conteúdos e processos de aprendizagem.
Embora a dificuldade de aprendizagem não seja indicativa do nível de inteligência,
os seus portadores têm dificuldades em desempenhar funções ou habilidades
específicas, ou em completar tarefas, caso entregues a si próprios ou se
encarados de forma convencional. Estes indivíduos não podem ser curados ou
melhorados, uma vez que o problema é crônico, ou seja, para toda a vida.
Entretanto, com o apoio e intervenções adequados, esses mesmos indivíduos podem
ter sucesso escolar e continuar a progredir em carreiras bem sucedidas, e mesmo
de destaque, ao longo de suas vidas.
Definições oficiais
O termo "dificuldade de aprendizagem" (no original em língua
inglesa, "learning disability") aparentemente foi usado
pela primeira vez e definida por Kirk (1962, citado em Streissguth, Bookstein,
Sampson, & Barr, 1993, p. 144). O autor referia-se a uma aparente
discrepância entre a capacidade da criança em aprender e o seu nível de
realização. Nos Estados Unidos da América uma análise das
classificações de Dificuldades de Aprendizagem em 49 dos 50 estados revelou que
28 dos estados incluiram critérios de discrepância de QI/realização em suas
diretrizes para Dificuldades de Aprendizagem (Ibid., citando Frankenberger
& Harper, 1987). No entanto, o Joint
National Committee for Learning Disabilities (NJCLD) (1981; 1985) preferiu
uma definição ligeiramente diferente:
"Dificuldades
de Aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo
de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e uso da
audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Esses
transtornos são intrínsecos ao indivíduo e presume-se que devido à disfunção do
Sistema Nervoso
Central. Apesar de que uma dificuldade de aprendizagem pode ocorrer
concomitantemente com outras condições incapacitantes (por exemplo, deficiência
sensorial, retardo mental, distúrbio social e emocional) ou influências
ambientais (por exemplo, diferenças culturais, instrução
insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é o resultado direto dessas
condições ou influências.
Ainda nos Estados Unidos, o "Individuals with
Disabilities Education Act" (Lei de Educação das Pessoas Portadoras de
Deficiência) define uma dificuldade de aprendizagem da seguinte forma:
"(...)
[um] transtorno em um ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos na compreensão
ou na utilização de linguagem falada ou escrita, que pode manifestar-se em uma
habilidade imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar, ou
fazer cálculos matemáticos (...). Dificuldades de Aprendizagem incluem
condições como deficiências perceptivas, lesão cerebral, disfunção cerebral
mínima, dislexia e afasia de desenvolvimento."
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