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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Imagens 3D podem prejudicar o cérebro?





Afinal, quais os impactos do 3D na saúde? Geralmente, os incômodos relatados refletem o esforço que o cérebro faz para formar a imagem tridimensional projetada. O ser humano enxerga naturalmente em três dimensões, porém, em filmes, videogames ou televisores em 3D, o cérebro tem de trabalhar mais: são enviadas imagens diferentes para cada um dos olhos e o órgão é obrigado a sobrepô-las para gerar a sensação de profundidade que faz com que os objetos “saiam da tela”. O pesquisador Michel Rosenberg, da Northwestern University, nos EUA, em entrevista à revista ISTOÉ este ano, mencionou que a concentração cerebral aumentada, por um período prolongado, pode resultar em dor de cabeça, náusea e tontura. Pesquisas calculam que entre 5% e 10% da população tenha reações adversas.
Pessoas com maior sensibilidade labiríntica ou outras alterações do labirinto – estrutura envolvida com o equilíbrio –, como é o caso da labirintite, podem desenvolver mal-estar, mais comumente referido como náusea e tontura, explica Fernando Ganança, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Alguns indivíduos queixam ainda de ardência nos olhos e visão turva. Embora tais sintomas possam estar relacionados a algum problema oftalmológico não diagnosticado, o mais comum é ser apenas o chamado “olho seco”, que ocorre quando a pessoa passa muito tempo mantendo o foco da visão em um mesmo ponto e sem piscar, explica o oftalmologista Rubens Belfort Neto, da Unifesp.
A verdade, no entanto, é que só recentemente começaram a ser feitas pesquisas mensurando os impactos do 3D sobre a saúde. Portanto, é preciso cautela, principalmente com as crianças. “Os estímulos são sentidos com mais força pelo cérebro infantil”, afirma a neurologista Célia Roesler, integrante da Academia Brasileira de Neurologia. “A inquietação da criança durante a noite após uma sessão de 3D é sintoma de distúrbio do sono causado pelo esforço que o cérebro foi obrigado a fazer.” A solução, aponta a especialista, é esperar os filhos ficarem maiores para experimentar a tecnologia. Afinal, se os próprios fabricantes dos televisores alertam sobre os efeitos colaterais, o melhor é assistir em 3D com moderação.

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