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A dor tem sido objeto de estudos científicos no mundo todo, tornando-se um constante desafio para médicos e profissionais que lidam com o problema. Cada vez mais eventos ligados a esta área da medicina têm servido de base para a troca de conhecimentos e informações, buscando avaliar o sofrimento humano e melhorar a qualidade de vida de inúmeros doentes.
Embora seja sinônimo de sofrimento, a dor é importante ao representar um alerta de que algo no organismo não está bem e comprometer a integridade física ou funcional do indivíduo.
Ela pode ser classificada em dois tipos, sendo dor aguda – causada por um traumatismo, um procedimento cirúrgico ou uma inflamação, que cessa num período curto (ex. apendicite, infarto do miocárdio, cólica renal), e dor crônica – de duração contínua e que exige cuidados constantes, pois debilita com o passar do tempo. Em geral, ela não deriva de uma só causa, mas sim de vários fatores que interagem e favorecem o seu desenvolvimento.
Cada pessoa sente dor de um jeito e tem determinada tolerância a ela. Por isso é difícil quantificar a dor, que em sua percepção insere características culturais, ambientais, de sexo, idade, entre outras.
Alguns fatores, como problemas psicológicos, podem aumentar sua intensidade, tanto que 20% dos pacientes que procuram tratamento médico não apresentam nenhuma doença e suas dores são psicossomáticas, ligadas à ansiedade, à tensão ou ao excesso de trabalho. Mas, também existe o lado inverso: 90% dos pacientes portadores de dores crônicas acabam desenvolvendo algum problema psíquico.
A terapia da dor chegou ao Brasil há mais de 25 anos. O conceito de ser a parceira inseparável da doença deixou de ser aceito e hoje há controle para os seus mais diversos tipos, desde a enxaqueca, que atinge 1/5 da população mundial, até as problemáticas dores crônicas que podem ser originárias de doenças mais sérias, como o câncer.
A medicina a cada dia está ganhando novos aliados com as terapias alternativas que podem ajudar no tratamento, como a acupuntura, a fisioterapia, a fisiatria, entre outras.
Hoje, o método predominante de tratamento da dor no Brasil e no mundo ainda é o unilateral, que cuida do indivíduo em suas especificidades e torna o tratamento, em sua grande maioria, ineficaz e muito caro. Isso porque o paciente retorna ao médico várias vezes, e em alguns casos, até sofre cirurgias desnecessárias.
Estima-se que no Brasil cerca de 30% dos pacientes portadores de dores crônicas não realizam o seu tratamento de forma completa e eficaz, especialmente no que tange a ingestão de medicamentos. Esse comportamento é o principal fator para a piora do quadro doloroso e o comprometimento da qualidade de vida.
O compromisso com o tratamento multidisciplinar, em que vários especialistas e terapias são aplicadas ao mesmo tempo ou em seqüência, é o meio mais eficiente para garantir a regularidade das funções sociais indivíduo.
Medindo a intensidade da dor:
Com a evolução dos tratamentos para a dor ao redor do mundo, alguns hospitais já utilizam uma escala para identificar o nível da dela no individuo, antes e depois de aplicar a terapia, e assim checar a sua evolução. Esta escala (imagem) pode variar um pouco de região para região, mas sua lógica é sempre a mesma.
Por meio de uma fita ou faixa de papel contendo vários tons de uma mesma cor, partindo de uma seqüência da mais clara para a mais escura, o paciente aponta qual a cor que representa o seu nível de dor. Essa mesma escala pode ser utilizada com números, que vão de zero a dez, ou mesmo por meio de ilustração de carinhas (do sorriso à careta). Esta última alternativa muito utilizada com crianças.
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