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sábado, 9 de março de 2013

No ritmo da endorfina






No ritmo da endorfina



Há séculos os navios nórdicos já singravam os oceanos ao ritmo dos tambores e já tinham nisto um impulso a mais para manter seu destino em foco. Mesmo extenuados os guerreiros encontravam forças para continuar remando ao seu objetivo. Sabiam eles que muito se devia ao rufar da baqueta no couro do tambor.
Muitos anos depois pesquisadores identificaram que uma trilha sonora tem efeito estimulante e pode diminuir a sensação de desconforto na hora de treinar. Como nosso sistema nervoso tem uma capacidade limitada de processar informações, ouvir música faz com que se preste a atenção nela e não no cansaço e na dor provocado pelo exercício. Como a música gera uma sensação de prazer, ela pode concorrer com o desconforto gerado com a fadiga.
Com o ritmo certo, a música libera um hormônio chamado endorfina, que é responsável pelo bem estar e prazer, o que reduz nossa percepção de estresse e dor. Para isto acontecer o cérebro recebe as ondas sonoras através do ouvido que passa pelo tímpano e é processada pelo lobo temporal chegando até a hipófise, glândula responsável pela liberação deste hormônio, esta substância entra na corrente sanguínea embebendo o corpo com sensação de prazer. Estudos recentes apontam que a endorfina pode ter tanto um efeito sobre áreas cerebrais responsáveis pela modulação da dor, do humor, depressão, ansiedade como pela inibição do sistema nervoso simpático (responsável por diversos órgãos como coração, intestino etc...). Ela pode também regular a liberação de outros hormônios como adrenalina e cortisol.
Um estudo da década de 70 com ciclistas já mostra que cadenciar a música com o ritmo das pedaladas podia aumentar e muito a resistência física do atleta, isso por que nosso corpo tende a sincronizar seu ritmo com o do som que esta sendo ouvido, fazendo assim sobrepor as dores e fadigas para acompanhar aquela música. Quando isso não acontece é por que a música não está sincronizada com nosso ritmo do corpo, então é fundamental que o playlist seja de acordo com o momento do seu treino e principalmente com o gosto musical de quem ouve.
Importante sempre é manter um nível de sonoridade dentro de padrões de segurança para seus ouvidos, ou seja, nunca ouvir músicas acima de 80 decibéis, assim você mantém o ritmo em alta sem colocar sua saúde em risco.

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