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domingo, 17 de março de 2013

Abnegados?







Estudos recentes têm demonstrado que a espiritualidade é um fenômeno complexo. Várias áreas do cérebro seriam responsáveis ​​por muitos aspectos da experiência espiritual.
Um estudo seguiu indivíduos com lesões cerebrais sequelares na região do lobo parietal direito. Observou-se que tais pacientes aumentaram a sensação de proximidade que sentiam em relação a um poder superior. Passaram a responder positivamente quando questionados se achavam que suas vidas faziam parte de um plano divino. O trabalho concluiu então que a transcendência espiritual estaria associada a uma diminuição da atividade no lobo parietal direito.
O lobo parietal direito parece gerir a auto-orientação. A neuropsicologia tem mostrado consistentemente que a deficiência no lado direito do cérebro diminui o enfoque no eu. O mesmo princípio é, inclusive, observado durante o processo de meditação. Dessa forma, após a demonstração de que pessoas com esta "deficiência" são "mais espirituais", pode-se supor que as experiências espirituais estariam associadas a uma diminuição da auto-percepção. Não seria justamente esta a máxima religiosa, a abnegação? Pessoas que buscam o bem-estar das outras e pensam menos em si mesmas?
Por outro lado, quando se mediu a frequência de práticas religiosas dos participantes, tais como idas à igreja ou ouvir programas religiosos, observou-se uma correlação positiva entre a atividade aumentada nos lobos frontais cerebrais e um aumento da participação nessas práticas.
O consenso atual sobre a espiritualidade do ponto de vista neurocientífico é: atinge difusamente o cérebro, é complexa e requer uma definição prévia sobre qual aspecto dessa espiritualidade está sendo estudado antes de se elaborar qualquer conclusão precipitada.

Fonte: http://www.bellenews.com/news/health/

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