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sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Futuro do Mapeamento Cerebral de EEG


  


O Futuro do Mapeamento Cerebral de EEG
 

O uso de computadores para processar sinais fisiológicos cerebrais abre um número infinito de possibilidades para se extrair informação útil. Assim que os canais de EEG digitalizados estão armazenados na memória do computador, poderosas técnicas matemáticas podem ser desenvolvidas para desvendar o significado de suas tortuosidades aparentemente aleatórias...

Uma destas técnicas, mostradas nesta imagem, é chamada de análise espectral. Esta técnica se baseia em um teorema matemático, desenvolvido no século passado por um brilhante cientista francês, Pierre Fourier, e consegue mostrar os componentes de freqüência de uma onda (ou seja, que quantidade de ondas alfa, beta, teta, delta, etc., estão presentes e misturadas em um canal de registro. Como você pode ver, a análise espectral pode ser exibida na forma de um gráfico tridimensional, em que se mostra o eixo do tempo, da esquerda para a direita, os componentes de freqüência, no eixo horizontal imediatamente ortogonal a ele, e a intensidade do sinal, em microvolts, no eixo vertical. Uma escala de cores é usada para diferenciar as amplitudes entre si.
Outro desenvolvimento técnico recente consiste no uso de poderosos softwares de processamento gráfico para mostrar a atividade do EEG topográfico na forma de reconstrução tridimensionais da cabeça e do cérebro, onde os parâmetros da atividade elétrica são mostrados como mapas coloridos em 3D. Animações dinâmicas de video também podem ser produzidas, mostrando as alterações da atividade elétrica do mapa como uma função do tempo.

O futuro do EEG quantitativo para aplicações clínicas reside, sem dúvida, no acoplamento de métodos digitais de análise de sinais e de processamento de imagens. Na imagem da esquerda, o que você vê é a combinação de dois notáveis instrumentos da medicina: o tomógrafo de ressonância magnética (MRI - Magnetic Resonance Imaging), que mostra imagens extremamente claras da anatomia do cérebro, e o magnetoencefalógrafo (MEG - Magnetoencephalograph). O MEG é capaz de registrar mudanças extremamente pequenas nos campos magnéticos gerados pelos neurônios em atividade dentro do cérebro. Para ter essa capacidade, o MEG usa uma bobina elétrica imersa em hélio líquido, chamada SQUID, deste modo fazendo uso do fenômeno denominado supercondutividade. O registro resultante é superposto sobre a imagem anatômica gerada pelo tomógrafo MRI.
Nesta figura, registrada em um equipamento da empresa alemã Siemens, os pontos coloridos mostram áreas do cérebro em que há atividade elétrica cerebral anormal (focos epiléticos), nas áreas em que o MEG foi capaz de determinar a localizaação.
A crescente sofisticação de numero de recursos disponíveis em sistemas computadorizados de EEG e de processamento de imagens médicas continuará certamente a evoluir. O EEG quantitativo de alta resolução parece ter um brilhante futuro como mais uma arma do arsenal diagnóstico médico. T

Veja os créditos das imagens


De: Mapeando o Cérebro
Autor: Renato M.E. Sabbatini, PhD
Em: Revista Cérebro & Mente, Agosto/Setembro 1997.

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