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A
foto acima ilustra o que qualquer pessoa deve fazer ao presenciar uma
crise epiléptica tônico-clônica generalizada. Mas e depois, na unidade
de saúde, o que deve ser feito? Já na emergência, em conjunto com uma
equipe de saúde preparada,
o médico deve se guiar por um processo diagnóstico estruturado. Uma
crise
epiléptica requer alguns cuidados e uma investigação detalhada para que
se possa
definir o melhor tratamento para cada caso. Tomando como base o livro
‘Emergências Clínicas Baseadas em Evidências’, redigido pela Faculdade
de
Medicina da Universidade de São Paulo, listamos 12 passos fundamentais a
serem
seguidos pelo profissional que se depara com uma em crise epiléptica:
1) Estabilização clínica, conforme preconizado
pelos protocolos de suporte básico e avançado de vida;
2) Exame clínico geral, incluindo parâmetros
hemodinâmicos, temperatura, glicemia capilar, saturação de oxigênio;
3)
Exame neurológico, com ênfase na pesquisa da
rigidez de nuca e fundo de olho;
4)
Investigação do uso de medicamentos, drogas ilícitas
e possibilidade de abstinência (principalmente os sedativos hipnóticos,
depressores do SNC e álcool etílico);
5)
Obtenção de dados de história sobre lesão
neurológica prévia ou epilepsia;
6) Em pacientes epilépticos, obtenção de dados
sobre quais medicações faz uso e eventual não-aderência ao tratamento;
7) Realização de exames laboratoriais para afastar
os principais distúrbios hidroeletrolíticos relacionados a crises: glicemia,
uréia, creatinina, sódio, cálcio, fósforo, magnésio, hemograma e gasometria
arterial;
8) Dosagem sérica de drogas antiepilépticas, útil
em pacientes previamente epilépticos;
9)
Eletrocardiograma (para afastar arritmias e
síndrome do QT longo);
10)
Exame de imagem do crânio (ressonância magnética
ou tomografia computadorizada, dependendo da disponibilidade, urgência e
capacidade de cooperação do paciente). Nos pacientes epilépticos com etiologia
já investigada pode-se, criteriosamente, prescindir de novo exame de imagem. A
tomografia pode ainda ser necessária para excluir lesões secundárias à crise,
como traumatismo craniano;
11) Exame do líquor, fundamental nos casos de
suspeita de meningite ou encefalite;
12)
Investigação de foco infeccioso sistêmico, em
casos selecionados.
mindasks ( fonte)
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