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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

De onde vêm as boas ideias



http://visualoop.tumblr.com/post/15715562329/where-do-ideas-come-from

De onde vêm as boas ideias? É nesse sentido que a ciência tem o seu valor, quando proporciona algumas respostas para certas perguntas que fazemos. As respostas científicas sempre foram promissoras, mas vários questionamentos careciam de muito mais que simplesmente testar hipóteses: a vida é dinâmica e as respostas, muito estáticas. Nesse contexto, uma pergunta sempre me motivou: de onde parte o primeiro sinal, aquela primeira despolarização neuronal quando agimos, ou quando temos uma ideia? Surge espontaneamente dentro do cérebro ou é a segunda parte de um processo que tem início nos estímulos ambientais?
Esta segunda possibilidade sugere que o cérebro seria um grande relé sináptico, onde todas as informações extra-cerebrais para ele convergiriam, sendo então elaboradas para produzir respostas – o comportamento. A percepção nesse caso poderia ter surgido desse novelo compreendido entre os estímulos e as respostas; esse enovelado complexo que passou a gerar estímulos internos, sem a necessidade de um objeto ali, presente. Nunca me pareceu a mente uma energia independente, com doutrinas próprias, que só se utilizava das vias neurais para servi-la. Como o próprio erro de Descartes já dizia, penso ser mais confortável enxergar a mente uma secreção do cérebro, assim como a saliva, para as glândulas salivares.
Mas o que exatamente seria a imaginação? Assim como um computador depende de um estímulo para trabalhar (por exemplo, alguém digitando), e as suas respostas são de certa forma previsíveis porque dependem da estrutura do aparelho (definição da tela, hardware, software, saídas de vídeo e som, etc), a mente também dependeria de estímulos. Imaginação é a faculdade de conceber objetos pelo pensamento, inventar, criar; entretanto, só conseguimos pensar em situações ou objetos que já foram ao menos em parte experimentados. Imagine algo surreal: uma tartaruga de asas voando pelo espaço. Todas as partes dessa ideia existem separadamente e são concebíveis: tartaruga, asas, voar e espaço.
Criar uma ideia, como Steve Jobs disse, é ligar as coisas. Vale acrescentar que submeter a mente a todo tipo de estimulação aumenta a nossa memória de trabalho, e o número de associações possíveis passa a ser maior. A criatividade nos permite uma melhor adaptação ao mundo, e um melhor relacionamento com as pessoas. As boas ideias começam quando associamos as informações captadas por nossos sentidos, e isso é ampliado quando decidimos por abri-los de vez para o mundo. Agora, para que tais ideias definitivamente se tornem boas, é necessário um último e importante passo: aplicá-las bem.
 mindasks@gmail.com

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