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domingo, 27 de abril de 2014

Síndrome de Irlen

Cultura
Enviado por Redação 21/3/2014 21:33:25
>> De acordo com especialistas, uma média de 17 a 46% de alunos com dificuldades de leitura são acometidos pela doença (Foto: Divulgação) ::

Síndrome de Irlen

Aprender a ler é um processo incorporado ao crescimento de toda criança, certo? Estudos mostram que, apesar de o número de alfabetizados ter crescido consideravelmente nas últimas décadas, isso não é uma regra. Muitas causas podem levar uma criança em tempo escolar a não ser alfabetizada no tempo “correto”. Entre elas, a falta de incentivo, preguiça, dislexia ou, ainda, a pouco conhecida Síndrome de Irlen.
 
Segundo o site especializado do Hospital de Olhos Doutor Ricardo Guimarães, uma média de 17 a 46% de alunos com dificuldades de leitura são acometidos pela Síndrome de Irlen. Descrita pela primeira vez na literatura médica pela psicóloga Helen Irlen, a síndrome é uma alteração no campo perceptivo e visual do cérebro devido ao desequilíbrio na capacidade de adaptação à luz. Esse desequilíbrio causa alterações no córtex visual (zona do cérebro responsável por processar imagens) e, consequentemente, pouco rendimento na leitura. 
 
De acordo com a psicopedagoga Adriana Miranda, outra característica da síndrome é o fato de, provavelmente, carregar o fator genético. Em outras palavras, “uma criança quando é diagnosticada com Irlen, certamente é porque o pai ou mãe ou até mesmo os dois também são acometidos da doença”, explica.
 
A dificuldade de leitura causada pela Síndrome de Irlen pode ser detectada por meio de um exame denominado ‘screening’, ou rastreamento, quando o profissional de psicologia submete uma série de lâminas com um lado fosco e outro brilhante, ao paciente, acrescentando gradualmente dez cores, e este faz a leitura. De acordo com a análise do nível de dificuldade da leitura, o paciente recebe o diagnóstico e inicia o tratamento com óculos apropriado, lentes ou com uso de lâminas de acetato.
 
Mas, afinal, como saber se meu filho tem esse distúrbio? A especialista explica que “normalmente a criança prefere fazer as atividades de leitura em locais com menos incidência de luz (fotofobia); não tem muita paciência para ler por mais de cinco minutos, tem a sensação de que as letras e as imagens estão flutuando no papel, e naturalmente são inseguras e intolerantes com o processo de leitura, o que pode ser confundido com preguiça ou ignorância”, contou a especialista.
 
Sabendo disso, os pais precisam ter atenção redobrada durante o período de aprendizagem dos filhos, e procurar todos os profissionais que possam auxiliar nessa questão, tais como oftalmologista, fonoaudiólogo e psicólogo. Após descartadas todas as possibilidades de outras doenças, o exame de rastreamento é fundamental para a detecção do Irlen, que até o momento não tem cura, mas os tratamentos aplicados já mostram resultados satisfatórios em alguns pacientes. 

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