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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Estímulos







1) Varie sempre que puder a intensidade de seus estímulos capturados pelos seus sentidos neurais; 

2) Ouse, tome hoje uma xícara de chá ou de café sem açúcar ou adoçante, amanhã aumente a dose, e a cada novo dia consuma dosagens diferentes de tempero para você trabalhar com sua degustação. Não deixe atrofiar este sentido tão importante. Isto não significa também que você deva abusar da quantidade de doce, mas que dentro dos limites tolerados de ingestão se permita variar para moldar uma capacidade mais seletiva em seu paladar; 

3) Evite usar por longos tempos condicionantes visuais que diminuem a capacidade de reação aos estímulos de luminosidade. Você poderá se tornar um dependente de tais óculos e seus olhos irão sempre ressentir cada vez que você não estiver com eles; 
4) Fazer associações neurais com cheiros é sempre um bom caminho para quem quer ser um bom degustador. Assim, um bom vinho pode estar associado mentalmente a uma variedade de uva que o degustador conhece (fotografia neural da espécie); 

5) Antes de provar qualquer líquido, cheire-o primeiro. Você já estará adicionando informações à mente que permitirão no futuro associações mais elaboradas com o conteúdo que será provado; 
6) Se você está querendo provar uma série de pratos com sabores diferentes, após provar o primeiro, você deve neutralizar o sabor em sua boca para poder provar o próximo e assim por diante. Assim, antes do primeiro prato, você deverá limpar o órgão (a boca) com um suave anticéptico de preferência neutro e efetuar o teste. Em seguida efetuar o mesmo processo e repetir para o segundo prato o mesmo procedimento, até que todos sejam degustados; 


7) Para estimular o tato utilize superfícies porosas, macias, leves, pesadas, frias, quentes, mornas, pontiagudas, grossas, extensas, ventiladores, faça pontos de pressão, exercícios de relaxamento e alongamentos, contato com outras partes do corpo, pequenos choques que não causem danos físicos, estimule os lábios sobre a pele, exercícios respiratórios (induza ou observe os efeitos sobre a pele), provoque uma tosse, faça pequenos beliscões, mordidas, provocar pequenas dores, provocar arrepios (reação em cadeia de poros da pele), alongamentos, pratique o bocejar, estimule os pêlos sobre o corpo e acaricie a pele com os membros; 


8) Crie uma biblioteca sensorial em seu cérebro, se você for matemático associe com números através de notas que variam de 0 até 10; Se você for humanístico associe com elementos da natureza humana que são despertados quando você consome o produto; 

9) Crie um referencial para o seu olfato e paladar. Tenha em mente o melhor e a pior sensação referente a um produto. Assim irá facilitar sua vida no processo de escolha. Se você for uma pessoa habilidosa em associações será um expert na identificação de cheiros e gostos. Ao consumir um produto da mesma categoria que você catalogou observe os referenciais criados e mude-os caso o novo aroma ou gosto satisfaça ou não a adição de um novo parâmetro de comparação; 


10) Lembre-se que seus sentidos são integrados, ao estimular um reserve um tempo para ajudar a outro sentido prosperar também; 

11) O estímulo pode ser intensificado através de exercícios de assimilação neural. Isto ajuda um indivíduo a melhorar suas funções motoras e cognitivas. Quando da assimilação é fundamental para repassar as áreas afetadas e carentes de sensibilidade; 

12) Para trabalhar com o sentido do equilíbrio torne-se criança: pule amarelinha, brinque de corda, fique de um pé só, experimente a sensação de ficar deitado e em pé, vá para um balanço, fique em pé numa piscina que você não consiga ficar com os pés no chão, experimente andar, ficar parado e correr fazendo variações de deslocamento do percurso, ande de tobogã, montanha russa, trem fantasma, roda gigante, corredeiras, sensações de aceleração e desaceleração; 

13) A audição pode ser trabalhada através de experimentos práticos que permitam ouvir baixas frequências até ruídos altos considerados não prejudiciais a saúde. Outro fator que pode ser trabalhado é a rítmica: o individuo pode fazer associações através de movimentos corpóreos para facilitar um pouco a absorção da informação. O deficiente auditivo pode trabalhar com a vibração e ter através do tato um referencial musical similar à audição; 

14) Não projete recordações ou sensações neurais sobre a visão. O uso continuado de sensações neurais alteradas pode provocar uma espécie de esquizofrenia. Quando perceber que sua mente começa a projetar muitas imagens na memória, pare e pense: “É hora de relaxar os olhos.”; provoque um sono, um momento para descanso até que a mente se aquiete novamente. Como dizem os psicólogos a pessoa está sonhando acordada. A visão demasiadamente aflorada faz o indivíduo confundir as cenas por sobreposição de imagens e a criar personagens fictícios ao seu meio; 


15) A língua é um órgão muito importante para a compreensão neural dos alimentos. Portanto cuide muito bem dela. Quando for comer não mastigue a comida apenas, sinta profundamente todas as sensações que ela estiver te ocasionando. Valorize o doce, o salgado, o azedo, o suave, o amargo, o picante, o agridoce, o indolor, forte, temperado, o dormente, o quente e o frio; 

16) Se você já é capaz de apreciar os estímulos e sabe classifica-los não guarde o conhecimento consigo. Crie grupos de amigos e amigas para degustarem alimentos, elaborem classificações, troque idéias entre os processos de escolha de cada um. Não tente criar um padrão fixo, pois a multiplicidade de gosto é um fator de enriquecimento cultural; 

17) Uma classificação muito elevada de um alimento ou fator de estímulo deve vir acompanhado de atributos inerentes a ele que o tornam fundamentais/necessários ao corpo. Assim, quando um estímulo é muito bom, mas sua correspondência em relação ao benefício do corpo não é tão visível assim, sua escala de importância deve ser diminuída para dar valor a outros componentes mais importantes que prolonguem a vida e não causem sua diminuição; 

18) Sempre que puder experimente novas frutas, não fique apenas naquelas comuns em sua região. É um favor que você faz ao seu paladar. Seu cérebro irá se enriquecer com mais informações que o ajudarão a ter um maior discernimento sobre estímulos; 


19) Evite mascarar o sabor real dos alimentos, isto gera confusão psicológica, pois o cérebro já tem armazenado conceitos de cheiro, gosto e sabor dos alimentos. As associações ficam cruzadas e os neurônios fazem falsos cruzamentos. Porém tal prática é muito comum na comida vegetariana que utilizam vegetais para assumirem o gosto de carne. Neste caso, sempre que possível, deve-se explicar ao indivíduo os vegetais que estão sendo consumidos e que o sabor de sua composição transmite um leve sabor semelhante ao da carne (assim evita as falsas conexões); 

20) Crie um catálogo visual de tudo à volta, o seu senso de ordenação  ficará mais uniforme. Gere seu próprio padrão de organização. Mas não seja egoísta, permita que outras pessoas também compreendam seu padrão. Portanto, organizar-se também implica em arrumar numa seqüência que os outros também entendam; Sua visão é fundamental para você se organizar. Na falta dela utilize os outros sentidos conforme você os ajustou diante da sua necessidade; 

21) Existe o tempo para assimilar estímulos e existe o tempo para arquivá-los, como também existe o tempo para utilizar os estímulos que você arquivou em seu cérebro. Compreenda o seu momento atual. Se é hora de recordar aprenda para que você possa viver mais. Se for hora de você arquivar estímulos: escreva, catalogue ou faça comparações entre sensações passadas e presentes. Agora, se é hora de capturar estímulos deixe as sensações aflorarem até o ponto que você se permita sentir. Não ultrapasse os limites do seu corpo seja consciente; 

22) Evite se estimular ao extremo. Os extremos provocam a falência dos órgãos pelo excesso de uso. As substâncias químicas que ingerimos se esgotam e sua insuficiência é a porta de entrada para muitas doenças. Portanto modere! Você como ser humano é fundamental para a existência de toda a humanidade; 


23) Evite viver somente de recordação. É interessante criar uma rotina a partir dos estímulos que um indivíduo colhe em seu cotidiano. Porém, promover um isolamento cerebral no qual a pessoa tem apenas uma seqüência de tarefas, ações e reações a realizar a torna escrava dos seus próprios neurônios. Permita-se possuir válvulas de escape onde de tempos em tempos novos elementos à sua rotina são adicionados para proporcionar novas escolhas, um florescer da alma e novas rotinas que a farão viver; 
24) Não acredite em tudo o que você ouve em sua mente. Falsas associações de estímulos podem te induzir a cometer um erro. Você pode até pensar que está certo, pois é lógico  pensar assim para você, mas os seus neurônios fizeram ligações erradas baseados em estímulos que você validou como verdadeiros e se tratavam de falsas conclusões. Portanto raciocine antes de tomar uma decisão; 

25) Quando tiver um estímulo contrário ao que você pense, não gere repulsa. Analise-o friamente não lhe atribuindo importância. Deixe arquivado em sua mente aquela sensação e a utilize dentro de seus princípios e códigos morais que você estabeleceu para si mesmo


26) Permita sentir, não tenha medo. Canalize apenas o que for bom (ser bom é aumentar a vida). O que for ruim deixe passar sem deixar marcas. O sentimento é uma forma de utilização neural dos sentidos pela utilização da biblioteca de sensores no cérebro. 

27) Se não está feliz com os estímulos que recebe é hora de educar seu corpo; 


28) Para arquivar estímulos que insistem em vir a todo momento contra sua vontade você deve escrever, narrar uma história, encaixar num contexto os elementos que você absorveu. Utilize quanto possível elementos da ficção: novela, filme e teatro; ou realísticos como uma autobiografia; 


29) Procure tentar entender os estímulos que você absorveu através de seus sonhos quando estiver dormindo. Eles são importantes para definir como você reage às diversas situações da vida; 

30) Seja feliz com os estímulos que possui. Aprimore se sentir vontade, mantenha se sentir vontade, o importante é você estar bem consigo mesmo. A Lenderbook espera ter contribuído para seu desenvolvimento pessoal


Autor: Max Diniz Cruzeiro 

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