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sábado, 13 de agosto de 2011

Examinando a ocorrência de morte cerebral



O exame para detectar a morte cerebral baseia-se na resposta a estímulos externos. O cérebro é o órgão que sente a dor externa, quando o cérebro está morto o paciente não sente nada. Antes de realizar o teste, o médico fará um exame toxicológico para certificar-se que o paciente não tomou algum medicamento que altere o exame neorológico e verificar se a temperatura corporal não está alterada, situações que podem reduzir a resposta neurológica.

A morte cerebral é detectada quando:

  1. o paciente não responde a comandos verbais, visuais ou de outro tipo;
  2. o paciente está flácido e sem reflexos nos membros - não apresenta movimentos; braços e pernas são levantados e soltos para que caiam e observa-se se há algum movimento adjacente, restrição ou hesitação na queda;
  3. as pupilas não reagem (estão fixas) - os olhos do paciente são abertos e coloca-se uma luz intensa dentro; da pupila, a luz ativará o nervo ótico e enviará uma mensagem ao cérebro; o cérebro, quando normal, envia um impulso de volta para o olho de modo que ocorra constrição da pupila; no cérebro não viável nenhum impulso será gerado; este procedimento é feito nos dois olhos;
  4. o paciente não apresenta reflexo oculocefálico - os olhos do paciente são abertos e a cabeça virada para à direita e à esquerda. O cérebro vivo permitirá que os olhos façam movimentos contrários a posição da cabeça. Por exemplo, se a cabeça é girada para à direita os olhos se desviam para à esquerda. Esse movimento se chama olhos de boneca porque é exatamente o que acontece com as bonecas; os olhos permanecerão fixos;
  5. o paciente não apresenta reflexos na córnea - um cotonete é passado na córnea com o olho aberto; o cérebro vivo faz com que o olho pisque; o cérebro morto, não; isto é feito nos dois olhos;
  6. o paciente não apresenta respostas, intencionais nem posturais à estimulação supra-orbitária - a saliência da sobrancelha é comprimida com o polegar, no paciente com cérebro vivo a pressão resultante da estimulação provocará o movimento dos membros, seja propositalmente ou pelos reflexos posturais primitivos, porém, isto não ocorre no paciente com morte cerebral;
  7. o paciente não apresenta reflexo oculovestibular - o canal auditivo do paciente é examinado para assegurar que a membrana timpânica está intacta e o ouvido está sem cera, mantendo os olhos do paciente abertos, injeta-se água gelada no canal auditivo, a mudança drástica na temperatura do ouvido causará um movimento violento dos olhos pelo cérebro vivo, porém nenhuma reação ocorrerá no paciente com morte cerebral, isto é feito nos dois ouvidos;
  8. o paciente não apresenta reflexo de engasgar - abaixar a traquéia ou inserir um tubo dentro dela, isso causará o reflexo de engasgar no paciente em coma, porém, não desencadeará tal reflexo no paciente com morte cerebral;
  9. o paciente não tem respiração espontânea - ele é removido temporariamente do suporte à vida (o ventilador); quando o aparelho cessa a respiração, o corpo começará a acumular resíduos metabólicos de dióxido de carbono (CO2) no sangue. Quando o nível de CO2 atingir a marca de 55 mm Hg (em inglês), o cérebro vivo fará com que o paciente respire espontaneamente, o cérebro morto não apresentará resposta.

Após um extenso exame clínico, se o paciente não apresentar sinais de função neurológica e a causa da lesão for conhecida, será declarado "morte cerebral". Em alguns estados americanos, é necessário que mais de um médico faça uma declaração para que a morte cerebral se torne legal. No Brasil, basta um médico.

Embora o paciente esteja com o cérebro e o tronco cerebral mortos, os reflexos medulares podem ser desencadeados (um reflexo patelar, por exemplo). Em alguns pacientes com morte cerebral, quando a mão ou o pé são tocados, o toque desencadeia um movimento reflexivo rápido.

Muitos médicos pedem novos exames para confirmar a morte cerebral quando o exame clínico demonstra que não há função neurológica.

pesquei na net

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