sábado, 11 de agosto de 2012
Estudo de imagem cerebral mostra as bases fisiológicas da dislexia
Pesquisadores da Universidade de Medicina de Stanford usaram uma técnica de imagem para mostrar que os padrões de ativação cerebral em crianças com pouca habilidade em leitura e coeficiente intelectual (QI) baixo são similares àquelas com pouca habilidade em leitura e QI normal.
O trabalho oferece mais evidências sobre o fato de que leitores pouco hábeis possuem um tipo de dificuldade similar, a despeito de sua capacidade cognitiva geral.
Educadores e psicólogos têm historicamente confiado no QI das crianças para definir e diagnosticar a dislexia – uma inabilidade de natureza neurobiológica que compromete a habilidade de leitura do indivíduo. Se o desempenho em leitura de uma criança com QI normal estiver abaixo do esperado, ela será considerada disléxica, enquanto que um leitor com pouca habilidade e com baixo QI receberá algum outro diagnóstico.
Esses novos achados oferecem “evidência biológica de que o QI não deve ser determinante no diagnóstico das habilidades em leitura,” disse o médico Ph.D Fumiko Hoeft do centro de pesquisas interdisciplinares em neurociências de Stanford que dirigiu este estudo, que aparecerá em breve na edição da Psychological Science.
Os novos achados vêm na sequência dos recentes estudos de comportamento mostrando que os déficits fonológicos – dificuldades no processamento do sistema de sons da lingua, que muitas vezes levam a dificuldades em estabelecer uma relação entre os sons da língua e as letras – são semelhantes em leitores fracos, independentemente do QI.
O uso do QI no diagnóstico da dislexia, que afeta 5 a 17% das crianças americanas, tem implicações reais para os leitores fracos.
Se as crianças não são diagnosticadas como disléxicas, eles não se qualificam para os serviços que um disléxico típico faz, e não são ensinadas a elas estratégias para superar problemas específicos na forma como eles vêem e processam as palavras.
Referência: John D. E. Gabrieli, Fumiko Hoeft, Hiroko Tanaka, Jessica M. Black, Leanne M. Stanley, Shelli R. Kesler, Allan L. Reiss, Charles Hulme and Susan Whitfield-Gabrieli. The Brain Basis of the Phonological Deficit in Dyslexia is Independent of IQ. Psychological Science, 2011 Traduzido de: Stanford University Medical Center. “Brain imaging study shows physiological basis of dyslexia.” ScienceDaily, 28 Sep. 2011. Web. 21 Oct. 2011. imagem: http://etc.usf.edu/clipart/
Autoria do texto: Lilian Kotujansky Forte www.fonologica.com.br/quem_somos.html
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