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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Cognição: o software do cérebro





Outro tema de maior importância para o nosso trabalho educacional....







            Cognição é o conjunto de elementos necessários para a formação e apropriação de um conhecimento. Estes elementos podem ser descritos como: estímulos, atenção, percepção, memória, tomada de decisão, resposta motora, raciocínio, valoração, juízo, intuição, imaginação, racionalização, pensamento, mentalização, emoção e linguagem.

            Os estímulos são as fontes primárias de ativação cerebral. São compostos pela captação de componentes físicos e químicos presentes no ambiente. Um ser vivo está a todo instante absorvendo informações pela canalização de estímulos, que são catalogados, distribuídos pela massa cefálica e acondicionados a uma estrutura reativa que funciona condicionada aos fatores de conformidade e inconformidade, tolerância e intolerância, e, aspectos ligados à volição dos indivíduos.

            A atenção é um estágio em que um indivíduo estabelece um foco sobre um ou mais estímulos ativados. Ela é responsável pela canalização e ramificação mais profunda, por parte dos neurônios, que permitirá futuramente criar elos e fatores de recorrência da ativação da memória. Por canalizar muita energia orgânica existe uma clara tendência do fator de concentração está restrito pelo tempo de sua utilização. Não é à toa que a maioria dos comerciais de TV não dura mais do que 30 segundos. Tempo necessário para ativar e desativar a atenção do telespectador, e introduzir nova mensagem que será acondicionada em outra parte do seu cérebro, aliviando a parte anteriormente preenchida.

            A percepção é um olhar atento à informação que foi adicionada à mente. Ela ocorre quando o organismo grava uma informação primária, e passa recorrentemente a acessá-la, ampliando seu significado, adicionando novas estruturas e comparando-as com outros elementos similares. O ato de perceber funde-se como elemento primário para geração de conhecimento. O núcleo é o objeto do meio ambiente inserido na psique em que o sujeito é capaz de referenciá-lo, interpretando de forma lúdica suas características essenciais.

            A memória é o hardware ou meio físico em que os elementos sutis da mente são acondicionados. Existem três tipos de classificação de memórias: memória de curto prazo, memória de médio prazo e memória de longo prazo (UCB, 2013). Na memória de curto prazo a fixação das informações estão restritas a poucos segundos. São suficientes para ativar as funções mais importantes dos indivíduos; Na memória de médio prazo o indivíduo é capaz de manter informações ativas por até algumas horas, são necessárias para o planejamento, coordenação e a vida laboral; e, por fim a memória de longo prazo guarda as informações mais representativas de um indivíduo, que são aquelas que o núcleo sináptico ao ser fabricado e desenvolvido acessou mais profundamente a rede neural.

            A tomada de decisão é uma reflexão que envolve ativação da memória. Os indivíduos tenderão a reações cujas informações armazenadas na memória dão uma maior sustentabilidade. A complexidade para definir um provável resultado de uma ação para uma tomada de decisão se deve ao fato que as conexões cerebrais são paralelas, o que permite que a junção de um novo estímulo possa escalonarmente alterar o resultado esperado para uma ação.

            Resposta motora é a capacidade do cérebro para reagir frente a um estímulo e encaminhar um contraestímulo que ative o corpo biológico. Geralmente a resposta motora ativa a memória de curto alcance por ser mais rápida e apresentar soluções dinâmicas on time. Quando o foco de atenção de um indivíduo volta-se para seu sistema motor existe uma forte tendência ao desenvolvimento de habilidades, pois a percepção irá evoluir e novas informações são agregadas de forma a permitir uma maior complexidade e possibilidades de interação com o meio ambiente onde este indivíduo está inserido.
            Raciocínio é a funcionalidade que permite ao indivíduo ativar mais de uma percepção em sua memória, na área que é comumente conhecida como mente, e chegar a novas conclusões a partir das informações disponíveis. O raciocínio poderá ser declarado por vários métodos, entre eles: o indutivo; o dedutivo; o inferencial; o lógico; o espiritual;... o indutivo irá partir de uma informação individualizada para uma generalização; o dedutivo fará o procedimento inverso, da generalização para uma individualização; o lógico encontrará conexões válidas a partir de regras de coesão definidoras de saídas de informações válidas de um universo (conjunto de premissas) determinado; o espiritual irá ativar conteúdos de manifestação da fé;...

            A valoração é a atribuição lógica quantificadora do estímulo na forma de percepção que o ajudará em uma tomada de decisão. Ela compõe um fator de proporcionalidade matemática entre as árvores neurais ativadas onde as mais expressivas e recorrentes ganham uma atenção maior que outras áreas menos abastecidas. É um componente lógico de suma importância, pois minimiza recursos cerebrais uma vez que não é necessário gerar novamente o estímulo para chegar a uma conclusão sobre a mesma experiência ou parecidas, bastando apenas ao indivíduo acessar o valor que lhe conferido, resumindo assim o esforço na realização de tarefas.
            O juízo de valor é o desdobramento de uma valoração. Ele representa um conceito individual sobre um grupo de conceitos cada qual com seu valor. Aqui há a formação da personalidade, pois o indivíduo encontrará os fatos, considerações e conhecimentos em que acredita ou não. Uma tomada de decisão passa por um juízo de valor principalmente quando ativadas pelas memórias de médio e longo prazo.
            Intuição é a manifestação de um nível de raciocínio não expresso por símbolos. É um tipo de lógica sensorial muito ligada aos sentidos do corpo humano. Pode fundir-se ao ambiente pela aproximação, reconhecimento e pela similaridade de fenômenos. É um diagnóstico vibracional ligado a expressão motora do ser humano.
            Imaginação é a utilização de um espaço interior mental que servirá de pré-ambiente, onde eventos, fenômenos e projeções são armazenados. O termo está ligado à ativação de imagens e sons sobre a mente. Através dela é possível criar, compor, recompor, montar, tecer e intuir construções alternativas para a realidade.
            Pensamento é uma forma complexa de manifestação psíquica onde as percepções, na forma de signos sonoros ou visuais são processados e ordenados em cadeias sequenciais lógicas e servem para ajudar os indivíduos a comporem e transmitirem o conhecimento que foi catalogado e armazenado na mente. Cabe lembrar que primeiro o estímulo é armazenado no cérebro pela ativação dos neurônios (processo sináptico), ao ser percebido é armazenado na memória, recebe atributos e conceitos, uma vez esta memória ativada, os elementos cognitivos descritos anteriormente migram para a mente, sofrendo um processo de ideação para só depois converter em pensamento.
            Mentalização é um processo de conversão de pensamentos de forma a ampliar seus efeitos sobre o indivíduo. É massificar as ondas mentais no sentido de firmar um conhecimento e colocá-lo em sua memória de médio e longo prazo. Esta prática faz a rede neural ficar com um alcance mais profundo no córtex cerebral. Algumas linhas de raciocínio, como o positivismo utilizam deste conceito para aprimorar a mente dos praticantes, elevando os valores e juízos de valores de determinados pensamentos em detrimento de outros que não agradam.
            A emoção é um tipo de manifestação corpórea que é acessada via estímulos dos sentidos em conjunto. É fundamental para a regulação hormonal dos indivíduos. Infelizmente a cultura ocidental não valoriza os aspectos a ela inerentes. Pode-se dizer que esta função é um grande diferenciador entre as espécies superiores das espécies inferiores.
            Linguagem é o conjunto de sinais, signos, elementos de coesão e coesivos, código, representações e lógica de ordenação própria capaz da transmissão de conhecimento por intermédio do aprendizado contínuo dos estímulos captados pelos indivíduos.

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17/10/2013 - Max Diniz Cruzeiro

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