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terça-feira, 9 de julho de 2013

TUMOR CEREBRAL


o TEMA é importante... pode aparecer ao longo da vida, é preciso investigar, pesquei no blog de Dr. Aramis Pedro Teixeira.

Tumor Cerebral


É um tumor intracraniano resultado de um processo expansivo em uma parte dos tecidos cerebrais, que ocorre devido a uma multiplicação desordenada das células. Pode ser benigno (não é agressivo, não se propaga aos órgãos adjacentes e na maioria das vezes  é relativamente fácil de remover) ou maligno associado à neoplasia (invade e destroi tecidos adjacentes). Pode espalhar-se para outros lugares do corpo (câncer metastático), chegando a alcançar vários graus.
Existem vários tipos de tumores cerebrais, os mais comuns são:
- Gliomas - Astrocitomas, oligodendrogliomas, oligoastrocitomas, ependimomas, subependimomas, entre outros.
- Astrocitoma – Tumor frequente em crianças, infratentoriais, presentes no tronco e no cerebelo (parte de baixo, atrás no cérebro que controla movimentos, equilíbrio e respiração.  É formado por células neurogliais  em forma de estrela, ocupando espaço encefálico e promovendo grandes compressões. Em adultos são mais comuns supratentoriais e periventriculares, podendo invadir grandes áreas da substância branca do cérebro ou da medula espinhal.   Podem ser divididos em baixo grau de malignidade (astrocitoma grau 1 ou grau 2) e alto grau de malignidade (astrocitoma anaplásico ou tipo 3, e glioblastoma multiforme ou grau 4, sendo este último muito maligno, de difícil tratamento, com pouca resposta terapêutica, muita recidiva e infiltrativo, com prognóstico reservado e  pouco tempo de sobrevida, às vezes, menor que 6 meses).
- Meningiomas –  Tumor benigno que se desenvolve nas meninges (originários nas membranas que envolvem o cérebro e a medula). Quando um meningioma aumenta de volume, desenvolve-se uma síndrome de hipertensão intracraniana causada pelo efeito massa ou edema intracelular ou vasogênico do tumor no interior do crânio, exercendo pressão cada vez maior sobre o cérebro. Provoca sintomas como dores de cabeça, cansaço, convulsões e perturbações mentais. O envolvimento do crânio por esses tumores pode decorrer desde erosão óssea devido ao efeito compressivo até um espessamento do osso devido à infiltração de células tumorais. É bem delimitado e dificilmente se torna maligno.
- Tumores da calota craniana – Ex.: Osteomas e displasias fibrosas. A suspeita clínica de uma neoplasia envolvendo a caixa craniana é baseada em: défict neurológico progressivo (68%), frequentemente fraqueza motora (45%), dor de cabeça (54%), convulsões (26%) e, em alguns casos, deformidade no crânio.
- Tumores endocrinológicos (envolvendo as glândulas do cérebro) – Ex.: Adenomas de hipófise, prolactinomas, germinomas, pinealomas, entre outros. Geralmente produzem hormônios, podendo causar diminuição da libido, alteração menstrual, galactorréia, ginecomastia, alteração do crescimento e distúrbios hidro-eletrolíticos.
O fator mais importante no surgimento de um tumor no cérebro é o genético (se há tendência na família, oncogenes, etc.). Outros fatores são:  agrotóxicos da piramide alimentar, a exposição contínua a venenos, radioterapias, traumatismos de crânio, stress, etc.
A cefaléia, um importante fator, é descrita como sendo pior pela manhã e é exacerbada pela tosse e esforço físico. É associada a náuseas e vômitos (em 40% dos casos), crises convulsivas, tontura, cegueira, surdez e perda da força, podendo ser aliviada temporariamente pelos vômitos. A combinação desses fatores juntamente com a presença de défict neurológico focal  e ao histórico clínico do paciente pode levar a suspeita de tumor no cérebro.
           Os sintomas variam de acordo com a região do cérebro que é atingida. Por exemplo, se este afetar a parte do lobo frontal o paciente terá psicoses, alterações emocionais graves e paralisias; se acometer o nervo óptico, pode ocasionar cegueira e alterações oculares; se for de lobo temporal, poderá prejudicar o nervo do ouvido e causar sintomas como convulsões e alterações auditivas, perdas do movimento com paralisia de membros, alterações endocrinológicas (hormonais); já na parte posterior podem ocorrer alterações visuais, desequilíbrio e falta de coordenação motora.

         O diagnóstico de certeza de um tumor cerebral é dado por exames complementares como a tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética,  eletroencefalograma, raios-X de crânio e/ou coluna e também o histórico clínico do paciente.
Imagem de ressonância magnética – Glioblastoma, tumor cerebral mais comum e agressivo em humanos.

          Qualquer tumor expansivo que exerça pressão no cérebro, seja benigno ou maligno, deve ser retirado, pois pode levar a isquemia dos órgãos e causar paralisias, cegueiras, convulsões, e até mesmo ao óbito. O tratamento é similar ao realizado para tratar tumores em outras regiões do corpo, baseando-se em biópsia do tecido cerebral (análise do exame anátomo-patológico), remoção cirúrgica total ou subtotal , radioterapia, quimioterapia ou tratamentos com esteróides, sendo únicos ou combinados. Tudo depende da manifestação clinica, localização, dimensão, multiplicidade, infiltração de tecidos normais adjacentes, e do estado geral do paciente. Caso sejam benignos, únicos, com a remoção completa poderá haver cura. Nos casos de tumores múltiplos ou com invasão em outros órgãos (metástases), malignos, ou com ressecção incompleta, o tratamento pode ser cirurgia  com complementação de radioterapia e quimioterapia, tudo dependendo do subtipo, comportamento e estádio do tumor. 

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