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terça-feira, 9 de julho de 2013

Competência...sou abduzida por esse tema......
































Muito interessante o assunto, fiz pesquisa na net, estudei e claro compartilhei com os devidos créditos, e tem mais......................

Há cerca de 30 anos o debate acerca do tema tem evoluído, não apenas quanto ao termo em si, mas aos conceitos a ele associados, sua composição, desenvolvimento e aplicação prática.
Assim, o conceito é aplicado à movimentação, desenvolvimento e valorização de pessoas, além de mostrar a sua pujança na gestão do conhecimento e na transformação organizacional.
O Coaching Executivo é conduzido com base em um Modelo de Competências, por meio das quais os executivos sejam capazes de prover alinhamento com a estratégia concebida pela organização e a prontidão com as estratégias emergentes em seu mercado de atuação, alcançando vantagem competitiva sustentável.
Uma competência é desenvolvida por um indivíduo ao longo de sua trajetória profissional enquanto adquire habilidades, obtém uma qualificação, aproveita um espaço ocupacional e mobiliza o conhecimento com vistas a uma entrega, que conforme Fleury (2000), agregue valor econômico à organização e valor social ao indivíduo.
Mas afinal, qual a diferença entre habilidade e competência?
Uma habilidade envolve um processo que passou a ser automático pela prática constante. O indivíduo realiza certa atividade sem necessariamente estar consciente acerca desta execução, como, por exemplo, dirigir um automóvel; consultar um GPS; operar um CD player.
Uma competência, por sua vez, nunca é um processo inconsciente, pois uma competência sempre opera em um contexto de alto nível de variabilidade e complexidade. O indivíduo deve prover uma resposta simples, ágil, econômica, sistêmica e efetiva para uma situação complexa e que, provavelmente, ele esteja enfrentando pela primeira vez, como, por exemplo, dirigir seu veículo até o outro lado da cidade num bairro desconhecido, na hora do rush, pegando o caminho mais curto e seguro, evitando trânsito mais intenso e pontos de engarrafamento. Além disso, ele deve estar preparado para lidar com situações contingenciais, como a troca de um pneu.
Notem que, enquanto se dirige ao local previamente determinado, o indivíduo dirige o veículo, consulta o GPS e opera o CD Player, habilidades que domina perfeitamente e que executa de forma inconsciente, mas que estão longe de serem competências.
Mas, então, qual seria a competência deste motorista? Condução Assertiva talvez seja um bom título para ela, mas pouco importa, pois diferentes denominações podem ser atribuídas por diferentes indivíduos e o que mais importa quando se fala em competência é o que ela entrega, ou seja, no que este agir competente pode agregar de valor, no caso, chegar ao destino dentro das condições estabelecidas.
Isso significa que o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, popularmente conhecido como CHA, não é competência?
O CHA é apenas parte do input, sendo que o output é a competência, ou seja, o que é possível entregar usando os conhecimentos, habilidades e atitudes.
O throughput é o espaço ocupacional que, no exemplo do motorista, seria o veículo, o GPS, o CD Player e tudo o mais que seja necessário, para que a competência Condução Assertiva se materialize numa entrega. O espaço ocupacional ainda provê as demandas por meio das quais as competências são mobilizadas e as entregas devem responder adequadamente a elas.
Isso significa que a qualificação perdeu a sua importância?
Na Era Industrial bastava que o trabalhador tivesse uma qualificação e por meio dela desempenhasse atividades rotineiras e repetitivas.
Na Era do conhecimento, conforme Zarifian (2001, 2003), o trabalhador deve mobilizar o conhecimento, enfrentando situações altamente desafiadoras, construindo conhecimento e aplicando conhecimento em diferentes contextos.
Assim, quando o profissional sai de uma organização, deixa sua contribuição em termos de conhecimento e leva com ele o conhecimento, por meio do qual continuará construindo sua trajetória profissional.
Neste contexto, a qualificação não foi revogada, pelo contrário, devido ao seu caráter certificador possui suma importância para compor o input ao lado dos conhecimentos, habilidades e atitudes que o indivíduo deve apresentar para aproveitar um espaço ocupacional. Afinal, um motorista teria que, forçosamente, dispor de sua carteira de habilitação, cursos de direção defensiva e até de mecânica de automóveis para ter como competência a Condução Assertiva.
A figura abaixo demonstra com clareza esta dinâmica:
Fonte: Adaptado de Dutra (2004)
O grande desafio é como saber de que forma esta competência se desenvolve, mas este assunto fica para o próximo artigo, afinal, competência é um tema rico e instigante o suficiente para nos ocuparmos dele durante um longo tempo.




O deOsenvolvimen da competência

O desenvolvimento da competência


O desenvolvimento da competência








O desenvolvimento da competência:

Este artigo apresenta a dinâmica pela qual uma competência é desenvolvida por um indivíduo ao longo de sua trajetória profissional enquanto adquire habilidades, obtém uma qualificação, aproveita um espaço ocupacional e mobiliza o conhecimento com vistas a uma entrega, que agregue valor econômico à organização e valor social ao indivíduo.


Embora, segundo Dutra (2008), a aplicação do conceito de competência não tolere um tratamento homogêneo e unidimensional, o termo pode ser melhor compreendido pelo seu desdobramento em conceitos mais específicos visando um entendimento mais amplo da dinâmica que rege o desenvolvimento da competência.
Uma competência é desenvolvida por um indivíduo ao longo de sua trajetória profissional enquanto adquire habilidades, obtém uma qualificação, aproveita um espaço ocupacional e mobiliza o conhecimento com vistas a uma entrega, agregando valor econômico à organização e valor social ao indivíduo.
Tudo começa com a aquisição de habilidades, que acontece por meio de ciclos evolutivos em que habilidades são adquiridas aleatória e concomitantemente. Para que uma habilidade (saber fazer) seja adquirida, o indivíduo deve demonstrar algum interesse (querer saber fazer), possuir alguma aptidão (inclinação para saber fazer) e, é claro, construir o conhecimento (saber) que subsidie esta habilidade.
O interesse por uma habilidade é despertado conforme satisfazemos uma necessidade que pode estar associada às preferências do perfil comportamental que, segundo Jung (1974), podem ser Sensação, Sentimento, Pensamento ou Intuição.
A aptidão por uma habilidade é descoberta a partir da configuração das inteligências que, segundo Gardner (1995), compõem o seguinte espectro: inteligências linguística, lógico-matemática, intrapessoal, interpessoal, visio-espacial, naturalista, musical e cinestésico-corporal.
O conhecimento que subsidia uma habilidade é construído conforme as informações são percebidas no ambiente e julgadas relevantes para serem representadas simbolicamente num novo modelo mental (STERNBERG, 2000), também conhecido como know how.
No exemplo do motorista competente em Condução Assertiva, vemos que dirigir o veículo, consultar o GPS e operar o CD Player foram habilidades adquiridas a partir do  interesse despertado e das aptidões descobertas, no caso, as inteligências visio-espacial e cinestésico-corporal.
Com base em suas habilidades, o indivíduo é atraído para uma área de atuação profissional, na qual deve obter sua qualificação (saber fazer reconhecido) que não se restringe ao diploma que certifique a sua formação superior (saber fazer certificado), mas o seu domínio da ética, do rigor técnico e das melhores práticas do mercado (saber fazer em conformidade).
O motorista competente em Condução Assertiva deve necessariamente obter sua carteira de habilitação, seu certificado de condução defensiva e do curso de mecânica que lhe darão, além dos documentos comprobatórios, o domínio dos valores éticos, do rigor técnico e das melhores práticas de mercado.
O aproveitamento de um espaço ocupacional (progressão num eixo de carreira) no exercício de uma atividade profissional acontece na medida em que um indivíduo qualificado aproveita uma oportunidade (chance de fazer) de exercer suas habilidades (saber fazer) a partir da adoção de uma atitude correta (querer fazer).
O motorista só será capaz de se apropriar da competência “Condução Assertiva” se  aproveitar um espaço ocupacional que lhe ofereça toda a infraestrutura necessária para que ele conduza seus passageiros.
A entrega de valor (prover respostas simples, econômicas, rápidas e efetivas) acontece por meio da mobilização do conhecimento resultante da vivência em situações desafiadoras (memória acumulada do fazer), da prática do ensino (fazer saber) e do exercício da capacidade de abstração (saber transpor saberes para contextos profissionais diversos), proporcionadas pelo aproveitamento de um espaço ocupacional.
A rapidez e a intensidade pelas quais o conhecimento é mobilizado em situações profissionais urgentes e críticas dão ao profissional competente a prerrogativa de prover respostas que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo (FLEURY, 2000).
Uma vivência profissional em situações que apresentam alta complexidade e variabilidade (ZARIFIAN 2001; DUTRA 2004) proporciona experiências positivas transformadas em melhores práticas e experiências negativas transformadas em lições aprendidas.
A prática do ensino proporciona a aquisição de habilidades pelos colegas num circulo virtuoso altamente valorizado pelas organizações. A capacidade de abstração permite que o indivíduo transite em diferentes contextos, evocando soluções utilizadas em outras situações para ajustá-las ou refutá-las caso julgue-as inadequadas. É por meio dela que surgem insights e que são utilizados modelos mentais que aceleram a aprendizagem e concebem soluções superiores.
Assim, conforme enfrenta situações desafiadoras no trânsito de uma grande cidade, fornece dicas aos colegas e motoristas que pedem informações, o condutor desenvolve sua capacidade de abstração, o que permite que ele seja capaz de se conduzir por diferentes contextos com a mesma competência.
Diante do exposto e ainda que provisoriamente, podemos arriscar uma definição da competência em busca de uma maior compreensão do conceito.
A competência é o resultado do exercício constante e autônomo de habilidades, nas quais um indivíduo seja reconhecidamente qualificado para o aproveitamento de um espaço ocupacional, por meio do qual avance em sua trajetória profissionalmobilizando o conhecimento em níveis crescentes de complexidade. Esta mobilização acontece em função de sua vivência profissional em situações desafiadoras, da prática do ensino e da sua capacidade de abstração para entregas que, compatibilizadas com os parâmetros estabelecidos, agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo.



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