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domingo, 24 de julho de 2011

Sistema Ósseo

Sistema Ósseo

A sustentação do corpo está a cargo do sistema esquelético (esqueleto), que também fornece, em certos casos, protecção aos órgãos internos e ponto de apoio para a fixação dos músculos. O endoesqueleto é um tipo básico de esqueleto e consiste em inúmeras peças cartilaginosas e ósseas articuladas. Essas peças formam um sistema de alavancas que se movem sob a ação dos músculos.
Função do esqueleto
O esqueleto ósseo, além de sustentação corporal, apresenta duas importantes funções:Reservas de sais minerais, principalmente de cálcio e fósforo, que são fundamentais para o funcionamento das células e devem estar presentes no sangue. Quando o nível de cálcio diminui no sangue, sais de cálcio são mobilizados dos ossos para suprir a deficiência


Determinados ossos ainda possuem medula amarela (ou tutano), como mostra a figura ao lado. Essa medula é constituída principalmente por células adiposas, que acumulam gorduras como material de reserva.
No interior de alguns ossos (como o crânio, coluna, bacia, esterno, costelas e as cabeças dos ossos do braço e coxa), há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.


Crescimento Ósseo
Há um esqueleto cartilaginoso durante a vida embrionária, o qual será quase totalmente substituído por um esqueleto ósseo. É o que se denomina ossificação endocondral (do grego endos, dentro, e chondros, cartilagem).
Os ossos começam a se formar a partir do segundo mês da vida intra-uterina. Ao nascer, a criança já apresenta um esqueleto bastante ossificado, mas as extremidades de diversos ossos ainda mantêm regiões cartilaginosas que permitem o crescimento. Entre os 18 e 20 anos, essas regiões cartilaginosas se ossificam e o crescimento cessa. Nos adultos, há cartilagens em locais onde a flexibilidade é importante (na ponta do nariz, orelha, laringe, parede da traquéia e extremidades dos ossos que se articulam).
Juntas e Articulações

Juntas são o local onde dois ossos se tocam. Algumas são fixas (ex: crânio), onde os ossos estão firmemente unidos entre si. Em outras juntas (ex: articulações), os ossos são móveis, permitindo ao esqueleto realizar movimentos.
Há vários tipos de articulações:
Tipo "bola-e-soquete" - Nos ombros, possibilitando movimentos giratórios dos braços.
Tipo "dobradiça" - Nos joelhos e cotovelos, permitindo dobrar.
Os ossos de uma articulação têm de deslizar um sobre o outro suavemente e sem atrito, ou se gastariam. Os ossos de uma articulação são mantidos em seus devidos lugares por meio de cordões resistentes, constituídos por tecido conjuntivo fibroso: os ligamentos, que estão firmemente aderidos às membranas que revestem os ossos.
Divisão do esqueleto
O esqueleto humano pode ser dividido em três partes principais:
Cabeça
O crânio é uma estrutura óssea que protege o cérebro e forma a face. Ele é formado por 22 ossos separados, o que permite seu crescimento e a manutenção da sua forma. Esses ossos se encontram ao longo de linhas chamadas suturas, que podem ser vistas no crânio de um bebé ou de uma pessoa jovem, mas que desaparecem gradualmente por volta dos 30 anos.

A maioria dos ossos cranianos formam pares, um do lado direito e o outro do lado esquerdo. Para tornar o crânio mais forte, alguns desses pares, como os dos ossos frontais, occipitais e esfenóides, fundem-se num osso único. Os pares de ossos cranianos mais importantes são os parietais, temporais, maxilares, zigomáticos, nasais e palatinos. Os ossos cranianos são finos mas, devido a seu formato curvo, são muito fortes em relação a seu peso - como ocorre com a casca de um ovo ou o capacete de um motociclista.
Tronco
Formado pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo osso esterno. O tronco e a cabeça formam o esqueleto axial.
Coluna Vertebral
Coluna Vertebral Ou espinha dorsal, é constituída por 33 ossos (as vértebras). A sobreposição dos orifícios presentes nas vértebras forma um tubo interno ao longo da coluna vertebral, onde se localiza a medula nervosa.





Costela e Osso Esterno

A costela e o osso esterno protegem o coração, os pulmões e os principais vasos sanguíneos. A musculatura da caixa torácica é responsável, juntamente ao diafragma, pelos movimentos respiratórios.
A caixa torácica é formada pelas costelas, que são ossos achatados e curvos que se unem dorsalmente à coluna vertebral e ventralmente ao esterno.
A maioria das pessoas possui 12 pares de costelas. Algumas tem uma extra (mais comum em homens do que mulheres). Os dois últimos pares de costelas são ligados à coluna vertebral, não se ligam ao esterno (as costelas flutuantes).
Membros Superiores e Inferiores
Os ossos dos membros superiores e inferiores ligam-se ao esqueleto axial por meio das cinturas articulares.
Membros Superiores
Composto por braço, antebraço, pulso e mão.
O braço só tem um osso: o úmero, que é um osso do membro superior.

O antebraço é composto por dois ossos: o rádio que é um osso longo e que forma com o cúbito (ulna) o esqueleto do antebraço. O cúbito também é um osso longo que se localiza na parte interna do antebraço.

A mão é composta pelos seguintes ossos: ossos do carpo, ossos do metacarpo e os ossos do dedo. Os ossos do carpo (constituída por oito ossos dispostos em duas fileiras), são uma porção do esqueleto que se localiza entre o antebraço e a mão. O metacarpo é a porção de ossos que se localiza entre o carpo e os dedos.

Membros Inferiores
São maiores e mais compactos, adaptados para sustentar o peso do corpo e para caminhar e correr. Composto por coxa, perna, tornozelo e pé.
A coxa só tem um osso - o fémur - que se articula com a bacia pela cavidade catilóide. O fémur tem uma volumosa cabeça arredondada, presa a diáfise por uma porção estreita - o colo anatómico. A extremidade inferior do fémur apresenta para diante uma porção articular - a tróclea - que trás dois côndilos separados pela chanfradura inter-condiliana. O fémur é o maior de todos os ossos do esqueleto.

A perna: é composta por dois ossos: a tíbia e a fíbula. A tíbia é o osso mais interno e a fíbula é o osso situado ao lado da tíbia.

Os dedos: são prolongamentos articulados que terminam nos pés. O pé é composto pelos ossos tarso, metatarso e os ossos dos dedos. O metatarso é a parte do pé situada entre o tarso e os dedos. O tarso é a porção de ossos posterior do esqueleto do pé.




Cintura Pélvica
Ou bacia, conecta os membros inferiores ao tronco. Podem distinguir o homem da mulher. Nas mulheres é mais larga, o que representa adaptação ao parto.

Fonte: www.webciencia.com
Distribuição dos ossos
Os ossos estão assim distribuídos: 32 ou 33 na coluna vertebral, 22 na cabeça, 24 costelas, 64 nos membros superiores, 62 nos membros inferiores, alguns ossos na região do ouvido e outros na região do tórax.

As principais funções são: protecção, sustentação, local de armazenamento de ions de cálcio e potássio, além de um sistema de alavanca que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamento do corpo, no todo ou em parte, e por fim local de produção de certas células do sangue.
Com relação a classificação dos ossos, eles podem ser:
a) Longos
É aquele que apresenta um comprimento consideravelmente maior que a largura e a espessura. Exemplos são; fémur, úmero, rádio, ulna e outros.
b) Plano
É o que apresenta comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Exemplos são; ossos do crânio, como o parietal, occipital, frontal e outros.
c) Curto
É aquele que apresenta equivalência das três dimensões. Os ossos do carpo e do tarso são excelentes exemplos.
d) Irregular
Possui uma morfologia complexa. As vértebras e o osso temporal são exemplos.
e) Pneumático
Apresenta uma ou mais cavidades, de volume variável, revestida de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de seio.
f) Sesamóides
Desenvolvem na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa de certas articulações.

Fonte: correionet.br.inter.net


Doenças dos ossos

A Osteoporose

A osteoporose é uma doença óssea crónica. É caracterizada pela redução da resistência dos ossos, o que causa o aumento do risco de fracturas ósseas.
A resistência dos ossos tem duas características: a quantidade de osso medida em termos de densidade óssea e a qualidade do osso, avaliada em termos da sua micro-arquitectura
Sem sintomas até acontecer uma fractura
A resistência óssea reduzida por si só apresenta poucos ou nenhuns sintomas. Este é o perigo da osteoporose. Os sintomas aparecem tarde com as consequentes fracturas. As fracturas podem provocar dor, incapacidade, deformidade e qualidade de vida diminuída, o que leva a perda da independência e eventual necessidade de cuidados de enfermagem.

Se tem uma ou mais fracturas vertebrais, pode estar a sofrer de:

· Dor crónica nas costas
· Perda de altura
· Deformação da coluna
· Problemas respiratórios
· Um caminhar instável porque o centro do seu corpo está a inclinar-se para a frente

As fracturas osteoporóticas ocorrem na coluna, no fémur, no antebraço distal, no úmero e em muitas outras localizações. São a causa principal de morbilidade nos idosos. Uma fractura na coluna pode ou não causar dor. Assim, pode sofrer de uma fractura vertebral sem qualquer sintoma. Mas se tiver mais fracturas vertebrais, poderá sentir dor nas costas e ficar incapacitada. Porém, se tem uma fractura no fémur, no antebraço distal ou no úmero, sentirá uma dor aguda e perda da função nesta região do corpo. As fracturas no fémur ou no úmero quase sempre necessitam de hospitalização.

Osteoporose! Esteja atento!
Por volta dos 50 anos de idade, muitas mulheres passam pelo processo de menopausa onde ocorrem muitas mudanças no organismo. Por exemplo, a taxa de perda óssea pode aumentar tendo como consequência a osteoporose. Os ossos ficam mais frágeis e aumenta a probabilidade da ocorrência de fracturas vertebrais. Mas a osteoporose não é inevitável; se iniciada cedo, a sua prevenção é possível!

Esta página fornece informação importante sobre a osteoporose e conselhos para a sua prevenção. Do exercício e alimentação adequada a opções de medicação precoce, como tratamentos fisiológicos inovadores.

Veja por si mesmo. Encontre a sua protecção natural para a osteoporose: Preserve a sua Qualidade de Vida!
Artrite Reumatóide
O que é a Artrite Reumatóide (AR)?
O termo artrite refere-se à inflamação das articulações que se caracteriza por dor, calor, aumento do volume e limitação de movimentos. Uma articulação é o ponto de união e movimento entre dois ossos.

A artrite reumatóide (AR) é uma doença crónica que afecta principalmente as articulações, mas é, na realidade, uma doença sistémica, isto é, pode afectar outros órgãos, como o coração, os pulmões, os olhos, a pele, entre outros, sendo classificada como uma doença auto-imune.

Em condições normais, todos os seres humanos possuem um sistema imunológico (anticorpos) que funciona para nos proteger de tudo o que for estranho ou alheio ao nosso corpo, como por exemplo os vírus, as bactérias e os fungos que provocam doenças e infecções; esta protecção dá-se por meio da criação de anticorpos, que são proteínas que se unem aos vírus, bactérias, etc., e os destroem.

No caso da AR, os anticorpos comportam-se de forma anormal e atacam as articulações e outras partes do corpo, tais como o tecido de revestimento do coração e pulmões, entre outros, assim surge o termo “auto imunidade”, uma resposta imunitária criada contra os próprios tecidos.
Artrose
A artrose sendo a forma mais comum de reumatismo e uma das doenças mais frequentes na espécie humana, é um dos principais factores determinantes de incapacidade física no indivíduo idoso. Em graus variados de intensidade e de compromisso poli-articular, afecta a maior parte da população depois dos 60 anos, embora só nalguns casos atinja gravidade suficiente, para determinar sintomas e alteração morfológica articular com significado. A frequência da artrose aumenta de modo significativo com a idade. Afecta cerca de 20% da população aos 45 anos e quase 100% aos 80 anos. A observação de alterações de carácter artrósico em numerosos esqueletos pré-históricos, demonstra a sua antiguidade de compromisso no homem. Não se trata pois de uma " doença da civilização ", embora as articulações envolvidas, sejam em certa medida, influenciadas pela adaptação da espécie humana á postura erecta e pelo desenvolvimento da profissão tal como a encaramos hoje. Embora não haja cura para a artrose, a definição para cada doente de um protocolo terapêutico adequado, permite prevenir ou corrigir problemas da morfologia, aliviar os sintomas, melhorar a capacidade funcional e fundamentalmente, a qualidade de vida. Do mesmo modo, o conhecimento do paciente sobre a sua doença, representa como em todas as formas de reumatismo, um elemento da maior importância na determinação dos resultados do seu tratamento.
Os ossos de uma articulação são mantidos em posição adequada, por ligamentos e tendões, que permitem apenas os movimentos normais. Os músculos são também determinantes na manutenção da estabilidade da articulação, sendo esta encerrada numa cápsula fibrosa, no interior da qual um fino véu, produz permanentemente uma pequena quantidade de líquido, designado como sinovial, que actua como lubrificante e nutriente da cartilagem. Numa articulação normal, os topos dos ossos que a compõem, estão cobertos por uma “ capa “ de material elástico esbranquiçado, a cartilagem, que permite o deslizamento suave dos ossos e actua como uma almofada, que absorve o impacto dos ossos no movimento e em particular na carga. A artrose resulta da senescencia e consequente destruição progressiva dos tecidos que compõem a articulação, em particular a cartilagem, conduzindo à instalação progressiva de dor, deformação e limitação dos movimentos. No estabelecimento da artrose, começa por ocorrer uma deterioração da cartilagem, que perde a sua regularidade e elasticidade, o que diminui a sua eficácia e contribui para a sua destruição adicional com o uso repetido e a carga traumática. Com o tempo, grande parte da cartilagem pode desaparecer completamente. Na ausência de parte ou da totalidade da "almofada" da cartilagem, os ossos roçam directamente entre si, causando sensação de atrito ( crepitação ), certo grau de inflamação, dor e limitação de movimentos. Com a evolução no tempo, a articulação pode sofrer deformação visível ou palpável, cuja tradução mais comum são os osteofitos, conhecidos popularmente na coluna, por " bicos de papagaio “.Em fase evolutiva bastante avançada, fragmentos da cartilagem ou do osso subjacente, podem soltar-se para o interior da articulação e limitar ou mesmo bloquear os seus movimentos. Por outro lado, as estruturas de contenção passiva da articulação, como a cápsula articular e os ligamentos, colocadas sob tensão excessiva, podem-se inflamar, retrair ou mesmo romper. Estas alterações, que constituem uma importante causa de dor e incapacidade, podem ser adequadamente apoiadas e tratadas, quando a doença é detectada precocemente (diagnóstico precoce).
Todas as articulações podem ser envolvidas pela artrose. Contudo, as ancas, os joelhos, os pés e a coluna (articulações de carga) e os ombros, são de longe as mais vulgarmente atingidas, devido ao esforço a que são sujeitas. Uma forma relativamente comum e particular, atinge predominantemente as articulações mais distais dos dedos das mãos. Esta forma é das mais frequentes em mulheres após a menopausa. A articulação da base do polegar é também afectada com bastante frequência, particularmente em donas de casa e noutras profissões com uso intensivo do polegar. Articulações como os cotovelos, os punhos e os tornozelos, são menos frequentemente atingidas, a não ser como consequência de sequelas de traumatismos ou de certas doenças gerais.
De uma maneira geral, as artroses são mais frequentes e mais agressiva no sexo feminino. A obesidade constitui um importante factor de risco, sobretudo no caso do joelho e da anca, sendo a relação menos clara para a artrose da coluna, embora a obesidade aumente a sintomatologia álgica nesta situação, não existindo no entanto na artrose das mãos. Algumas profissões com particulares exigências físicas, têm também maior tendência a desencadear a artrose, sendo esse o caso da indústria têxtil, em relação ao polegar, da agricultura relativamente à anca e joelho e da indústria de construção civil na artrose do joelho. A doença tem alguma carga hereditária, particularmente nas formas de envolvimento poli articular. Por outro lado, todos os traumatismos podem aumentar o risco de desenvolvimento de artrose, particularmente quando ocorrem fracturas que atingem as superfícies articulares ou rompem os seus ligamentos, como no caso do joelho com o ligamento cruzado anterior ou os meniscos.
O sintoma predominante na artrose é a dor articular, podendo no entanto ter localização variável, consoante a articulação afectada. Em regra, tem um inicio insidioso e progressivo e na sua forma mais característica, é desencadeada principal ou até exclusivamente, pelo movimento ou uso excessivo da articulação, acabando o repouso por a atenuar ou a fazer desaparecer. No entanto alguns doentes poderão sentir dores mesmo em repouso, sendo normal observar-se igualmente um aumento da dor após longos períodos de repouso. O doente tem, por exemplo, alguma dificuldade em levantar-se depois de ter estado sentado bastante tempo, situação que surge acompanhada de rigidez articular (articulação presa) e que cede em alguns minutos, após o movimento. A dor localiza-se normalmente em torno da articulação atingida, podendo por vezes, ser sentida a alguma distância. Por exemplo, a artrose da anca pode determinar dor na face posterior e lateral da nádega, na coxa ou mesmo na proximidade do joelho ( 10 % destes doentes, apenas sentem dor na face interna do joelho ). A dor sentida a subir ou descer escadas, é particularmente vulgar na artrose do joelho dependente do compartimento femuro-patelar. A artrose da coluna é uma das causas mais comuns de dor no pescoço ou nas costas. A dor articular leva o doente a evitar gradualmente o uso da articulação, dai resultando um enfraquecimento dos músculos satélites e consequentemente a uma maior instabilidade, que vai contribuir para o agravamento progressivo da situação (deformação). Note-se que as articulações mais superficiais, como os joelhos e as dos dedos, podem apresentar deformação causada quer por inflamação e derrame de líquido na articulação, quer pelos osteófitos. Estes últimos são especialmente notórios nas articulações das mãos, originando muitas vezes uma sensação de calor articular.Com o tempo, a articulação poderá mostrar limitação de movimentos, mesmo na ausência já de dor.
No entanto é relativamente frequente, muitos doentes não referirem quaisquer destes sintomas, apesar das radiografias revelarem sinais de artrose avançada das suas articulações.
No diagnóstico da artrose são tidas em linha de conta as queixas referidas pelo doente, com destaque para a localização, duração e características da dor, bem como também para o nível de amplitude articular. Se o exame clínico das articulações afectadas não for suficiente para estabelecer um diagnóstico, certos meios auxiliares de diagnóstico, como as radiografias e a TAC, podem revelar nos ossos e articulações, alterações características da doença.
É profundamente errado o conceito enraizado de que para artrose e para o sofrimento que lhe está associado, sendo uma consequência inevitável da idade, nada há a fazer para além de suportar as dores e assistir á deformação articular.
Não existem tratamentos médicos que permitam parar ou inverter em definitivo uma situação de artrose. No entanto, é possível nas fases iniciais, diminuir a dor e a rigidez das articulações, bem como melhorar os movimentos e a capacidade geral do indivíduo, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
O protocolo terapêutico deverá ser adaptado a cada caso particular, dependendo da gravidade da situação, do número de articulações afectadas, natureza dos sintomas, idade, ocupação e actividades diárias. A colaboração informada dos doentes, como já mencionado, é uma condição essencial para o sucesso do programa terapêutico.
Estão actualmente em desenvolvimento, medicamentos provavelmente capazes de retardar ou mesmo parar, a evolução da artrose e que encerram grande esperança, de virem a desempenhar um papel decisivo na melhoria dos doentes artrósico e mesmo na prevenção do agravamento da destruição articular e suas consequências.
É verdade que não dispomos de cura para esta doença, mas com a ajuda dos doentes e o recurso criterioso aos meios de tratamento disponíveis, o especialista pode dar uma ajuda decisiva para a melhoria do estado funcional dos doentes e da sua qualidade de vida. Sem dúvida que vale a pena tratar os doentes com artrose.
Consiste em evitar que as articulações atingidas sejam sujeitas a esforços excessivos, capazes de aumentar a dor ou agravar a doença. O doente poderá aprender a executar tarefas correntes de uma forma mais tolerável e adequada. O emprego de ortóteses de apoio para os membros inferiores ou até mesmo de uma bengala, poderá ser por vezes, extremamente benéfico para os joelhos e ancas. Na coluna vertebral é muito importante o uso de uma postura correcta no trabalho, no lazer e mesmo no repouso, com utilização de um colchão de boa qualidade que nem sempre “ ortopédico “. É determinante manter-se o peso próximo do ideal.
Um programa de exercício físico diário é fundamental no controlo da artrose. Sem ele, as articulações tendem a ficar mais dolorosas e rígidas, os ossos menos flexíveis, os músculos mais debilitados e a situação do doente agrava-se progressivamente. O programa de exercícios deve ser adaptado a cada caso particular. A prática diária de 10 minutos de bicicleta estática, em regímen de “ roda livre “, proporciona beneficio consistente na artrose do joelho. A marcha em piscina de água tépida idem. Sugere-se por vezes, o recurso a um centro de recuperação, para ensino do doente.
São formas eficazes de diminuir a dor e a rigidez, ainda que temporariamente. Um banho quente pela manhã poderá melhorar significativamente o sofrimento e a rigidez matinal. Existem formas muito variadas de aplicar calor em áreas articulares dolorosas, no entanto as que recorrem a meios eléctrico-fisiátricos ou relacionados, devem ser interditas. A aplicação de frio (crio terapia), ajuda a diminuir a sensibilidade local e a reduzir a inflamação e o derrame intrarticular muitas vezes associado.
Constitui uma atitude da maior importância, já que o peso excessivo determina um esforço adicional para as articulações de carga atingidas.
Existe uma grande variedade de medicamentos capazes de aliviar os sintomas da artrose, o que faz com que nalguns casos, seja preciso tentar vários até se identificar o mais eficaz. Os analgésicos simples como o paracetamol, são em muitos casos, suficientes para garantir um alívio eficaz e são geralmente bem tolerados. Os anti-inflamatórios não asteróides, como o ibuprofeno e o diclofenac, são muitas vezes necessários, apesar de poderem acarretar alguns riscos secundários maiores do que os analgésicos, em particular para o estômago. Ajudam a controlar a dor, a rigidez e o inchaço das articulações. Dependendo da situação, poderá ser indicada uma toma regular continuada, ou consoante for necessário. Alguns medicamentos disponíveis em Portugal, ditos de acção prolongada, como a acemetacina, têm a capacidade de manter as articulações livres de compromisso de forma mais alongada no tempo. São particularmente indicados na artrose, embora não seja ainda clara a sua capacidade de evitar a evolução da doença. Os derivados da cortisona, administrados por via geral não têm indicação na terapêutica da artrose. Contudo, a injecção (infiltração) de alguns destes produtos (efectuada exclusivamente por um médico especialista) em estruturas dolorosas na vizinhança de uma articulação, pode revelar-se extremamente eficaz na melhoria da dor e das rigidezes muito incapacitantes. Complementarmente a associação de medicação com função de condroprotecção, quer por via sistémica, como o sulfato de glucosamina na dose diária de 1,5 gramas, quer por via intrarticular (visco suplementação), como o hialuronato de sódio na dose de uma ampola semanal, pode melhorar e até mesmo recuperar, algumas áreas de doença da cartilagem.
No tratamento da artrose, dispomos para as fases intermédias da doença da cartilagem de algumas articulações, da cirurgia ortoscópica e da cirurgia protésica para as fases mais graves, o que constitui indiscutivelmente, um dos mais compensadores avanços da Cirurgia Ortopédica moderna.

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